Trump defende uso de estrela em imagem contra Hillary Clinton nas redes sociais
O magnata tuitou - e apagou - imagem da provável candidata democrata à presidência americana com uma Estrela de Davi
O provável candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, defendeu-se nesta segunda-feira das acusações de antissemitismo em função de uma publicação feita por ele há dois dias nas redes sociais. No sábado, o magnata tuitou uma imagem de Hillary Clinton em um fundo repleto de dinheiro e com uma estrela de seis pontas, que foi logo identificada como a Estrela de Davi, em que se podia ler “a candidata mais corrupta de todos os tempos!”.
Também por meio do Twitter, Trump disse que a referência da postagem não era a Estrela de Davi, um símbolo do judaísmo, mas um distintivo de xerife, que também tem a forma de uma estrela de seis pontas, com pequenos círculos em cada uma delas. Seu novo tuíte veio após o site Mic News publicar, no domingo, que a imagem, que também trazia a frase “Feita pela História”, havia sido compartilhada em um fórum neonazista na internet.
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“O uso por Donald Trump de uma imagem descaradamente antissemita vinda de websites racistas para promover sua campanha já seria algo perturbador. O fato de que isso compõe um padrão deve dar aos eleitores um grande motivo de preocupação”, disse Hillary, provável candidata pelo partido Democrata, em um comunicado enviado a repórteres nesta segunda-feira.
Trump publicou e deletou o tuíte no sábado, e então postou uma imagem semelhante na qual a estrela foi substituída por um círculo. Nesta segunda-feira, ele criticou jornalistas por continuarem a mencionar a publicação original. “A imprensa desonesta está dando seu melhor para descrever uma estrela em um tuíte como a Estrela de Davi em vez de uma estrela de xerife, ou, simplesmente, uma estrela!”, escreveu Trump no Twitter nesta segunda-feira.
A convenção republicana, onde Trump deve ser indicado o candidato oficial do partido para a eleição presidencial de novembro, será realizada dentro de duas semanas.
(Com Reuters)