Terroristas capturam centenas de mulheres no Iraque
Reféns são da minoria yazidi, perseguida pelo EIIL. EUA voltam a bombardear o norte do país
Por Da Redação
8 ago 2014, 19h54
Centenas de mulheres pertencentes à minoria étnico-religiosa yazidi foram feitas reféns pelos terroristas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), informou Kamil Amin, porta-voz do Ministério de Direitos Humanos do Iraque, à agência Associated Press. Segundo o porta-voz, as mulheres têm menos de 35 anos e estão sendo mantidas em escolas na segunda maior cidade do país, Mosul. O sequestro foi comunicado ao governo pelos familiares das vítimas. “Acreditamos que os terroristas as consideram escravas e possuem planos cruéis para elas”, disse Amin. A agência diz que fontes do governo americano confirmaram o sequestro e alertaram que as vítimas poderão ser vendidas ou obrigadas a se casarem com extremistas.
No início desta semana, um parlamentar iraquiano havia feito um apelo ao governo para salvar o povo yazidi, ressaltando que mulheres estavam sendo vendidas como escravas. Em pronunciamento nesta quinta, o presidente Barack Obama mencionou que os jihadistas estão “conduzindo execuções em massa e escravizando mulheres yazidis”. Cerca de 50.000 integrantes dessa minoria, a metade deles crianças, de acordo com número da ONU, fugiram para montanhas na região de Sinjar depois de serem ameaçados pelos terroristas. O Exército Americano lançou suprimentos na área, onde não há comida ou água. Os yazidis são descendentes de curdos que seguem uma religião pré-islâmica e são considerados pelo EIIL como “adoradores do demônio”.
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Novos bombardeios – Os Estados Unidos lançaram uma segunda rodada de ataques aéreos contra os terroristas do EIIL perto de Erbil, no norte do Iraque. Um drone e quatro caças da Marinha “eliminaram com sucesso” alvos terroristas e destruíram artilharia usada pelo grupo contra as forças curdas. No primeiro ataque, dois caças F-18 lançaram mísseis guiados a laser contra posições de artilharia controladas pelos jihadistas. Na segunda etapa, um drone MQ-1 Predator disparou contra uma posição de lançamento de morteiros. Wuando os jihadistas voltaram ao local, também foram atacados e mortos, segundo o Pentágono. Pouco depois, quatro caças F/A-18 atingiram um comboio com sete veículos do EIIL e outra posição de lançamento de morteiros perto de Erbil.
À rede americana CNN, o governador de Erbil, Nawzad Hadi, disse que os jihadistas estavam a apenas 30 quilômetros de distância da capital do Curdistão, região mais estável do Iraque antes do avanço terrorista, polo para companhias de petróleo americanas e onde estão assessores militares e equipes consulares dos Estados Unidos.
Hidrelétrica – Um oficial curdo informou à rede CNN que o EIIL capturou a maior usina hidrelétrica do Iraque, localizada em Mosul. Os terroristas utilizaram armas americanas que haviam sido entregues às forças de segurança iraquianas, mas que foram roubadas pelos extremistas, como tanques M1 Abrams. Em caso de destruição, a represa poderia inundar territórios até a capital Bagdá. Forças curdas tentam recuperar o controle do local.
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