Terroristas do Estado Islâmico (EI) decapitaram um experiente arqueólogo e penduraram o corpo em uma coluna na praça principal da cidade histórica de Palmira, na Síria, de acordo com o chefe de antiguidades do país. Khaled Asaad, de 82 anos, foi detido e interrogado por um mês antes de ser assassinado.
“A presença desses criminosos na cidade é uma maldição e um mau presságio para cada coluna, para cada peça arqueológica de Palmira”, disse Maamoun Abdulkarim, chefe de antiguidades da Síria.
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Khaled Asaad liderou a equipe que estudava as ruínas de Palmira por mais de cinco décadas e escreveu diversos artigos em publicações internacionais de arqueologia sobre a cidade, que é considerada Patrimônio da Humanidade na Unesco desde 1980.
Os extremistas do EI tomaram o controle de Palmira em maio, mas não há informações sobre possíveis danos às ruínas do Império Romano, embora o grupo já tenha destruído antiguidades no Iraque por considerar blasfêmia qualquer manifestação de culturas pré-islâmicas.
Em junho, os radicais sunitas divulgaram imagens da demolição de dois santuários na região, mas que não integravam o principal conjunto de ruínas. Pouco antes de Palmira ser capturada pelos terroristas, oficiais sírios afirmam ter retirado do local centenas de estátuas para preservá-las.
(Da redação)