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Serviço secreto alemão é investigado por ter espionado para os EUA

Promotores querem apurar se a inteligência alemã agiu contra os próprios interesses do país ao enviar informações à Agência de Segurança Nacional (NSA)

Por Da Redação
24 abr 2015, 20h02

Uma investigação federal está em andamento na Alemanha para determinar se o serviço de inteligência do país agiu contra os próprios interesses alemães ao espionar alvos na Europa e enviar as informações à Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos Estados Unidos. Segundo uma reportagem publicada nesta sexta-feira pela revista Der Spiegel, o Serviço de Inteligência Federal (BND, na sigla em alemão) monitorou as comunicações de órgãos de defesa do continente europeu, do grupo Airbus e de autoridades francesas. Todos os dados colhidos teriam sido repassados para a NSA.

A agência americana e o BND trabalharam juntos para obter informações sobre o terrorismo, mas os novos relatórios apontam que a NSA usou os serviços alemães para ter acesso aos sistemas de defesa da Europa. O jornal Zeit aponta que os Estados Unidos listaram 800.000 endereços de IP de computadores, números de telefone e endereços de e-mail que deveriam ser espionados pelo BND. Os alemães teriam seguido as ordens americanas para 40.000 alvos.

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As revelações foram feitas após Estados Unidos e Alemanha terem se empenhado no último ano para reparar os danos causados às relações diplomáticas dos países pelos vazamentos do ex-técnico de inteligência da NSA, Edward Snowden. Arquivos fornecidos à imprensa internacional por Snowden provaram que a agência americana havia monitorado e escutado as comunicações pessoais do celular da chanceler Angela Merkel. Além de provocar um profundo mal-estar entre os países, a informação fez com que o governo alemão desse início a uma investigação interna para apurar os métodos adotados por seu serviço secreto.

De acordo com a Der Spiegel, o levantamento feito no BND comprovou que os dados entregues à NSA referentes a 2.000 comunicações espionadas eram “claramente contrários aos interesses da Europa ocidental e dos interesses alemães”. É possível que o BND também tenha monitorado as conversas de políticos alemães e transmitido o conteúdo para a NSA.

Histórico – Investigações anteriores haviam revelado a presença de ao menos dois agentes duplos que agiam dentro do BND. O primeiro era suspeito de repassar mais de 200 documentos para a NSA, em troca de 25.000 euros. Já o segundo era alguém ligado ao Exército e que trabalhava para o Ministério da Defesa. Ele teria enviado arquivos da defesa nacional alemã para a agência americana.

(Da redação)

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