Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Secretário argentino é denunciado por ‘acobertar homicídio’

O secretário Sergio Berni esteve na residência de Nisman antes da chegada dos responsáveis pelo caso. Autor da denúncia foi um político oposicionista

Por Da Redação
22 jan 2015, 06h45

O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, foi denunciado na Justiça para que se investigue sua presença na residência onde o procurador-geral Alberto Nisman foi encontrado morto, antes da chegada da procuradora e do juiz responsável pelo caso. O político oposicionista Juan Ricardo Moussa acionou Berni na Justiça por ter cometido o crime de “descumprimento dos deveres de funcionário público” e “acobertamento de homicídio”, segundo o texto da denúncia.

Nisman foi encontrado morto em sua casa, em circunstâncias estranhas, na noite de domingo para segunda-feira, com um tiro na têmpora, poucos dias depois de ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores pela tentativa de acobertar terroristas iranianos, que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994. Moussa acusou Berni e os policiais encarregados da segurança de Nisman de “cumplicidade” para proteger a presidente, já que o promotor guardava parte das provas que fundamentam a denúncia contra Cristina em sua casa.

Leia também

Não permitiremos morte de outro promotor, diz dirigente judaico

Caso Nisman: Porta de serviço do apartamento estava aberta

Continua após a publicidade

Justiça divulga a íntegra da denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner

Secretário diz que não entrou onde promotor foi encontrado morto

Em declarações ao canal de televisão ‘Todo Noticias’, Berni afirmou nesta quarta que foram tomadas todas as precauções para preservar as provas na residência de Nisman e que não entrou, nem deixou “que ninguém entrasse”, no banheiro onde o promotor foi encontrado morto até a chegada dos peritos. “Os primeiros a entrar no recinto foram a mãe junto com um membro da segurança particular de Nisman, da Polícia Federal. Quando viram que a porta do banheiro estava aberta e com a luz acesa, o policial tentou entrar, mas não conseguiu, pois o corpo estava na frente da porta”, detalhou o secretário. Berni afirma que chegou à casa de Nisman “não mais que um minuto ou dois” antes do juiz, e que a procuradora chegou mais tarde.

Novas dúvidas – Novas revelações e descobertas lançam mais dúvidas sobre as circunstâncias da morte do procurador-geral. Nesta quarta, o chaveiro chamado para abrir a porta do apartamento de Nisman revelou que a entrada de serviço estava aberta. A declaração foi feita em um depoimento à Viviana Fein, promotora que investiga o caso, e contraria a versão oficial dada pela polícia. Sergio Berni tinha dito que as portas de serviço e principal foram trancadas por dentro, de modo que ninguém poderia ter entrado ou saído do apartamento

Leia mais

Bilhete de Nisman para diarista aumenta dúvidas sobre o caso

Em carta, Cristina fala em ‘suicídio’ de promotor e tenta desqualificar investigação

Entenda as denúncias contra Cristina Kirchner e seus apoiadores

Também nesta quarta, foi encontrada uma terceira entrada para o apartamento, um corredor estreito onde ficam os aparelhos de ar condicionado, ligando a residência de Nisman a um vizinho. Em cada extremidade do corredor há uma porta de metal para cada apartamento. Nesta passagem, usada para a manutenção dos aparelhos de ar condicionado, foi encontrada uma pegada recente e uma impressão digital. A investigação também ainda não esclareceu porque os paramédicos que foram chamados ao local, um prédio residencial em Porto Madero, região nobre da capital argentina, não puderam entrar. O serviço de emergência Same confirmou que recebeu duas chamadas no domingo, mas não foram autorizados a subir ao 13º andar, no apartamento de Nisman. O primeiro médico a ver o corpo foi de uma equipe da Swiss Medical, que foi chamada pela mãe do procurador-geral.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.