A procuradoria da Venezuela ratificou nesta segunda-feira sua acusação contra o prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, e pediu 16 anos de prisão para ele durante a audiência preliminar do caso. Segundo advogados e dirigentes políticos presentes na audiência, os procuradores pediram que Ledezma seja processado por conspiração e formação de quadrilha.
Ledezma está há quase um ano detido e atualmente se encontra em prisão domiciliar. Ele foi detido no dia 19 de fevereiro do ano passado por suposta conspiração contra o governo e esteve preso na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, até que passou para a prisão domiciliar em 30 de abril por encontrar-se convalescente de uma cirurgia de hérnia.
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Sua audiência preliminar foi suspensa em dez ocasiões nos últimos meses, uma situação que o advogado do prefeito qualificou de “aberrante injustiça”.
O prefeito é identificado com a ala da oposição liderada por Leopoldo López e foi acusado pela procuradoria em 7 de abril do ano passado de conspiração ao apoiar grupos que supostamente “pretendiam desestabilizar” o governo com ações violentas.
A causa contra Ledezma, segundo a procuradoria, tem relação com o caso dos venezuelanos Lorent Gómez Saleh e Gabriel Vales, expulsos da Colômbia em setembro de 2014 por ligação com “planos conspiratórios”.
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(Com EFE)