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Presidente do Sudão do Sul se recusa a assinar acordo de paz

O conflito no país já matou 100 mil pessoas e desabrigou mais de 2 milhões

Por Da Redação
17 ago 2015, 19h42

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, se recusou a assinar um acordo de paz proposto por líderes africanos nesta segunda-feira, dizendo precisar de mais tempo. O Sudão do Sul, que se tornou independente do Sudão em 2011, mergulhou no caos em dezembro de 2013, quando uma desavença política entre Kiir e seu vice, Riek Machar, se transformou em um conflito armado que reabriu feridas étnicas. O presidente é da etnia Dinka, enquanto o vice-presidente Machar é da etnia Nuer.

Seyoum Mesfin, o mediador da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad, na sigla em inglês), o bloco do leste africano que conduz as conversas, declarou que o lado de Kiir solicitou mais duas semanas de negociação antes de assinar o pacto, que foram aceitas pelos rebeldes do Sudão do Sul. “Nos próximos 15 dias, o governo irá voltar a Addis Ababa para finalizar o acordo de paz”, afirmou Seyoum.

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Várias rodadas de negociações não bastaram para encerrar os combates que já mataram 100.000 pessoas e desabrigaram mais de 2 milhões. Os conflitos começaram no final de 2013, com um confronto entre soldados de etnias diferentes da guarda presidencial.

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No mês passado, a Igad havia determinado o dia 17 de agosto como data máxima para a assinatura de uma proposta de acordo de paz. O pacto consolida um período de transição de 30 meses com Kiir como presidente e o posto de vice-presidente reservado ao representante dos rebeldes. As eleições deveriam ser realizadas dois meses após o encerramento do período de transição. Tanto Kiir como Machar seriam elegíveis para presidente.

Um membro da equipe de mediação da Igad disse a Reuters que Kiir tinha algumas reservas quanto à proposta, que busca desmilitarizar a capital, Juba, e exigir que o presidente consulte Machar quanto aos “poderes, funções e responsabilidades” que exerceria no país. A delegação de Kiirs criticou também outros aspectos da proposta, incluindo um prazo de 18 meses para a integração das forças armadas, dizendo que isso deve ser feito em menos de seis meses. Machar afirmou estar satisfeito com o acordo.

(Com agência Reuters)

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