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Premiê escocesa diz que parlamento do país pode bloquear o Brexit

Escócia foi amplamente favorável à permanência na União Europeia no referendo da última quinta-feira

Por Da Redação
26 jun 2016, 11h48

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse neste domingo que o parlamento escocês pode bloquear a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Em declarações a um programa da emissora BBC, a premiê sustentou que pediria “certamente” ao parlamento autônomo que não desse o “consentimento legislativo” para que o governo de Londres procedesse com a saída do bloco.

Sturgeon admitiu, no entanto, que o governo britânico poderia contestar a necessidade de ter que receber o consentimento de Edimburgo para proceder com o “Brexit”. O Partido Nacional Escocês, do qua a primeira-ministra faz parte, tem 63 dos 129 deputados do parlamento escocês.

“O que você está me dizendo é que deveria haver uma moção de consentimento legislativo, ou moções (no parlamento escocês), sobre a legislação que levaria à separação do Reino Unido da União Europeia?”, questionou a primeira-ministra ao apresentador do programa. “Olhando de uma perspectiva lógica, eu custo a acreditar que esse requisito não seja necessário, mas suspeito que o governo britânico tenha outro ponto de vista.”

Ao ser perguntada pelo apresentador Gordon Brewer se cogita pedir ao parlamento autônomo que não dê seu respaldo a essa potencial moção de consentimento legislativo, a líder independentista respondeu: “Certamente”.

“Se o parlamento escocês decidir com base no que é melhor para a Escócia, então a opção de dizer, ‘olhem, não vamos votar por algo que vai contra os interesses da Escócia’, deve certamente estar sobre a mesa”, acrescentou a premiê.

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Sturgeon manifestou sua decepção com o resultado do histórico referendo de 23 de junho, vencido pelos partidários da saída da União Europeia com 51,9% contra 48,1% dos votos.

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O resultado contrasta com a opção da maioria dos eleitorees escoceses No país, 62% dos votos foram pela permanência e 38% pelo Brexit.

Após conhecer o resultado, na sexta-feira, Sturgeon disse que é “altamente provável” que a Escócia, que será “tirada da UE contra sua vontade”, realize um segundo referendo de independência, depois que a maioria da população optou por permanecer no Reino Unido na consulta feita em setembro de 2014.

Sturgeon também anunciou que pedirá uma reunião com líderes das instituições europeias e dirigentes de outros Estados-membros do bloco para “assegurar o lugar da Escócia na UE”.

(Com EFE)

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