Popularidade de Hollande registra aumento histórico após atentados
Parcela da população francesa que aprova seu governo foi de 19% para 40%. Aprovação do primeiro-ministro, Manuel Valls, também registrou elevação
A popularidade do presidente francês, François Hollande, registrou um aumento histórico de 21 pontos porcentuais, segundo uma pesquisa do instituto IFOP realizada após os atentados em Paris. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira pela imprensa francesa. Cerca de 40% das pessoas entrevistadas aprovam a gestão do presidente francês, contra apenas 19% de opiniões positivas em dezembro passado, segundo a sondagem.
O número dos que reprovam o seu governo registrou, por sua vez, uma queda de 21 pontos, para 59%. Desde a criação desta pesquisa sobre a popularidade do presidente, nunca havia sido registrado um aumento de aprovação tão grande. O primeiro-ministro, Manuel Valls, ganhou 17 pontos porcentuais, com 61% dos pesquisados que dizem aprovar sua ação à frente do governo.
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A pesquisa foi realizada nos dias 16 e 17 de janeiro, após os ataques jihadistas contra o semanário satírico Charlie Hebdo e um mercado judeu em Paris. “É um fenômeno raríssimo na história dos medidores de opinião”, disse Frédéric Dabi, que dirige o departamento de opinião do IFOP.
Turismo – Desde os ataques terroristas da semana passada, o número de turistas nos principais pontos de Paris caiu visivelmente. Pouco mais de uma semana depois dos atentados, é possível encontrar apenas alguns poucos turistas tirando fotos na Torre Eiffel. Agências de turismo locais não sabem informar o número exato de pessoas que deixaram de visitar a capital francesa após os ataques, mas equipes da agência Associated Press visitaram os principais pontos turísticos da cidade e notaram uma queda visível no número de visitantes.
O Museu do Louvre informou que visitas de escolas para a região de Paris, incluindo os museus, foram suspensas pelo Ministério da Educação porque a capital está em “estado de alerta para ataques” desde a semana passada. O Louvre normalmente recebe várias centenas de alunos por dia e a sua ausência poderia explicar a notável queda no número de pessoas no local.
(Com agência France-Presse)