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Político opositor preso pede a renúncia de Nicolás Maduro

Através de uma carta, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, pediu a união da oposição e apelou para a deposição do presidente por meios constitucionais

Por Da Redação
24 fev 2015, 09h12

Em sua primeira declaração pública depois de ser preso sem um mandato judicial e sem acusação formal, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, divulgou na noite desta segunda-feira uma carta aberta de sua cela na prisão e pediu que as forças da oposição avaliem a possibilidade de pedir a renúncia do presidente Nicolás Maduro por meios constitucionais. Segundo Ledezma afirmou em carta, a renúncia é uma “forma oposta a um golpe militar”.

Em seu texto, Ledezma também pede união da Mesa da Unidade Democrática (MUD, a coligação de partidos opositores) para evitar divisões dentro da oposição. “Apelo aos colegas e pares da MUD para que não deixem o regime nos dividir. Isso é um recurso, juntamente com a repressão”, escreveu Ledezma. Os líderes da oposição assinaram recentemente um documento público chamado “Acordo para a transição”, cobrando mais abertura política e reformas econômicas na Venezuela, além da libertação do opositor Leopoldo Lopez, preso há mais de um ano e acusado pelo governo de incitar as manifestações de fevereiro de 2014. O manifesto foi considerado pelo governo de Maduro como um ato de conspiração e uma tentativa de golpe de Estado.

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O prefeito de Caracas foi preso na semana passada sob a acusação de conspiração. Desde então, os líderes da oposição, estudantes e manifestantes vêm cobrando sua liberdade com protestos. De acordo com o advogado Ledezma, Omar Estacio, a incriminação de seu cliente veio depois de uma confissão sob tortura de um militar preso, o tenente-coronel José Arocha. O militar teria acusado o prefeito opositor de tramar uma conspiração contra o governo em novembro passado.

Nicolás Maduro, em dois anos, já denunciou pelos menos uma dezena de planos de assassinatos e golpes de Estado – muitos deles mirabolantes, envolvendo a participação do governo americano e o bombardeamento do Palácio de Miraflores por aviões. A ofensiva do governo contra a oposição, difamada diariamente pelo governo com violentos discursos, está preparando uma nova reviravolta nesta terça-feira quando a maioria chavista da Assembleia Nacional inicia a cassação do deputado opositor Julio Borges, também sob acusação de conspiração. A cassação o deixaria fora das eleições legislativas neste ano, enfraquecendo ainda mais a oposição em um momento em que ela poderia crescer, já que a aprovação de Maduro é de apenas 20%.

Após 15 anos de governo socialista, a Venezuela atravessa uma crise marcada pela maior inflação do mundo, um déficit fiscal desenfreado, uma cotação do dólar paralelo que supera trinta vezes a cotação das taxas oficiais, e uma aguda e persistente escassez de alimentos, medicamentos e produtos de higiene.

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