Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Júri livra policial acusado de matar homem negro em NY

Suspeito de vender cigarros ilegalmente morreu ao ser contido por vários policiais, um dos quais, Daniel Pantaleo, lhe aplicou uma "gravata"

Por Da Redação
3 dez 2014, 21h35

Um júri popular de Nova York decidiu não levar a julgamento um policial branco acusado de matar um homem negro em Staten Island, ao sul de Manhattan, em julho passado, informou a imprensa americana nesta quarta-feira. Eric Garner, de 43 anos, suspeito de vender cigarros ilegalmente, morreu ao ser contido à força por vários policiais. Um deles, identificado como Daniel Pantaleo, lhe aplicou uma “gravata”, procedimento proibido pela polícia de Nova York desde 1993.

A detenção de Garner, pai de três filhos, foi registrada por uma câmera amadora. No vídeo, ele aparece imobilizado, seguro pelo pescoço, e se queixa várias vezes de não conseguir respirar. Obeso e asmático, ele perdeu os sentidos em seguida e foi declarado morto no hospital. Sua morte foi registrada como homicídio pelo instituto médico legal da cidade.

Após semanas de investigação, o júri popular de Staten Island declarou não ter encontrado evidências suficientes para julgar o policial, revelaram os jornais The New York Times e New York Post. Ainda se desconhece o resultado da votação ou as acusações apresentadas pela promotoria, segundo o New York Post, que citou fontes ligadas ao caso.

“Após deliberar sobre a evidência apresentada neste caso, o grande júri não encontrou causa razoável para aprovar um processo legal”, disse o promotor Daniel Donovan, sem dar detalhes sobre a votação das 23 pessoas que integravam o grupo.

Não violência – O prefeito Bill de Blasio fez um apelo à calma após a decisão: “Isto não é o que muitos em nossa cidade queriam, mas apesar de tudo, a cidade de Nova York tem uma tradição forte e orgulhosa de expressão por protestos não violentos. Confiamos em que os descontentes farão conhecer sua visão de modo pacífico e construtivo”.

Continua após a publicidade

De Blasio, que cancelou sua presença na tradicional cerimônia de iluminação da árvore de Natal do Rockefeller Center, anunciou que um grupo de 60 policiais testará, a partir deste final de semana, uma mini câmera em seus uniformes, em uma tentativa de dar mais transparência às ações da polícia. “As câmeras corporais farão com que as ruas sejam mais seguras e nossos policiais, mais eficazes”, afirmou o prefeito ao apresentar o projeto em uma coletiva de imprensa no Queens.

A decisão de não julgar Pantaleo ocorre dias depois de um júri de Ferguson, no Missouri, fazer o mesmo ao analisar o caso de outro policial branco que matou um jovem negro desarmado, gerando violentos protestos.

Leia também:

Quando os fatos não têm vez

Continua após a publicidade

Polícia de Los Angeles prende 130 pessoas em protesto contra júri

Manifestantes de Ferguson protestam dentro de lojas durante Black Friday

(com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.