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Policiais criticam atletas por apoio a protestos em Ferguson

Associação que representa as forças de segurança disse estar “desapontada” após jogadores de futebol americano imitarem gesto feito por manifestantes

Por Da Redação
1 dez 2014, 17h42

(Atualizado às 21h10)

A Associação dos Policiais de St. Louis emitiu nesta segunda-feira uma nota de repúdio à mobilização dos jogadores de futebol americano do time St. Louis Rams que declararam apoio aos manifestantes de Ferguson antes do início de um jogo da NFL, a liga profissional. Stedman Bailey, Tavon Austin, Jared Cook, Chris Givens e Kenny Britt entraram em campo no domingo com as mãos para cima. O gesto tem sido repetido pelos manifestantes para lembrar o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, morto por um policial quando estava desarmado. No comunicado, a associação de St. Louis disse estar “profundamente desapontada” com o comportamento dos atletas durante a partida contra o Oakland Raiders.

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Na semana passada, um grande júri decidiu não processar o policial Darren Wilson, que atirou em Brown, por entender que não havia causa provável para cometer um crime. Residentes de Ferguson dizem que Brown estava com as mãos para cima quando foi baleado, mas Wilson e outras testemunhas afirmam que o jovem atacou o policial antes dos disparos serem feitos. A decisão da Corte provocou comoção na comunidade negra de Ferguson, que iniciou uma série de protestos contra as autoridades locais. As manifestações ganharam ecos em outras cidades do país, como Nova York e Los Angeles.

À rede KDSK-TV, afiliada da CNN em St. Louis, os jogadores justificaram a mobilização em campo dizendo que gostariam de prestar solidariedade aos moradores de Ferguson. “Queríamos fazer algo. É nossa comunidade,” afirmou Jared Cook. O jogador declarou que não teve tempo de ir a Ferguson para protestar e que ficou receoso com a violência das manifestações, mas disse que tem se informado sobre os acontecimentos na cidade através de sua família. “Definitivamente eu vou arranjar um tempo para ir até Ferguson”, acrescentou. Stedman Bailey afirmou que tinha o objetivo de criticar a truculência policial com seu protesto. “O que aconteceu foi uma tragédia. Existem coisas maiores que o futebol-americano acontecendo por aí. E nós notamos isso”, destacou.

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A associação de policiais pediu para que a equipe St. Louis Rams e a NFL pedissem desculpas pelo ocorrido e que os jogadores fossem punidos, mas a administração do campeonato rechaçou esta possibilidade. “Respeitamos e entendemos as preocupações de todos os indivíduos que expressaram as suas opiniões referentes a esta trágica situação”, disse o porta-voz da NFL, Brian McCarthy. Segundo Tavon Austin, os jogadores não gostariam de tomar um lado nem desrespeitar o trabalho dos policiais. “Nós só queremos que a comunidade saiba que pode contar com nosso apoio.”

Pacote – O presidente Barack Obama anunciou nesta segunda-feira uma proposta para investir 263 milhões de dólares (cerca de 670 milhões de reais) ao longo de três anos para forçar medidas que devem causar mudanças no trabalho policial. Entre elas está a compra de 50.000 câmeras que devem ser instaladas no uniforme dos policiais para que eles gravem as abordagens.

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Além disso, Obama está preparando uma ordem executiva para aumentar a supervisão dos programas e fundos federais que fornecem equipamentos militares a agências de polícia locais e estaduais.

“Vimos que, em muitos casos, estes programas servem verdadeiramente para coisas boas. O que se necessita é mais consistência em como se implementam e como se auditam”, disse o porta-voz da Casa Branca , Josh Earnest.

O presidente pediu a sua equipe que entregue dentro de 120 dias recomendações para aumentar a “prestação de contas” no uso desses equipamentos militares, em particular para explicar “para que serão usados” e certificar que os policiais estão bem formados para usá-los.

A Casa Branca também pediu aos legisladores que incluam pelo menos parte desses recursos em um orçamento para o ano fiscal 2015 que os congressistas devem aprovar antes de 11 de dezembro.

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