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Polícia cerca empresa onde estariam os irmãos Kouachi

Segundo a imprensa francesa, os 2 suspeitos do massacre na 'Charlie Hebdo' trocaram tiros com os policiais e estão escondidos em Dammartin-en-Goële

Por Da Redação
9 jan 2015, 06h11

A polícia francesa cerca uma gráfica em Dammartin-en-Goële, perto de Paris, onde estariam os irmãos Cherif e Said Kouachi, principais suspeitos do ataque que matou doze pessoas na revista Charlie Hebdo, reporta o jornal Le Figaro. O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, confirmou que uma operação policial está em curso no local, mas não deu mais detalhes. O governo também comunicou que é “quase certeza” que os irmãos Kouachi estão na gráfica. Testemunhas relataram a presença de pelo menos cinco helicópteros sobrevoando a região. Não há a ainda a confirmação oficial de vítimas ou reféns, embora a imprensa francesa noticie que há ao menos uma pessoa em posse dos terroristas.

De acordo com a imprensa francesa, a polícia está mantendo negociações com os suspeitos armados. Ainda segundo a mídia local, os irmãos Kouachi declararam aos negociadores da polícia que queriam morrer como mártires. Por volta das 8h40 (horário local, 5h40 em Brasília), de acordo com o canal de televisão RTL, dois homens tomaram à força um veículo, um Peugeot 206, de uma mulher na cidade de Montagny-Sainte-Félicité, no departamento de Oise, que os identificou como os irmãos Kouachi. Alguns minutos mais tarde, já em Dammartin-en-Goële, a 40 quilômetros de Paris, aconteceu um tiroteio com a polícia.

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Uma testemunha citada pela RTL explicou que tinha escutado tiros e que pouco depois chegaram helicópteros e as forças de segurança, que ordenaram aos moradores que não saiam de suas casas e que mantenham suas janelas fechadas. Os suspeitos então invadiram uma pequena empresa chamada Création Tendance Découverte (CTD), que trabalha com impressão e publicidade. Os jornais franceses também relataram um tiroteio no local do cerco policial, que posteriormente foi confirmado pelas autoridades. As escolas em Dammartin-en-Goële estão fechadas e as crianças estão sendo mantidas no interior dos prédios. A polícia pediu para a população não sair de casa e o comércio local fechou as portas.

O homem que teve seu carro roubado nesta manhã falou para a emissora francesa Europa 1 e, segundo ele contou, um dos terroristas se aproximou com uma metralhadora e disse: “Saia do seu carro, precisamos de seu carro”. Depois, o segundo terrorista entrou no banco do passageiro. “Ele também tinha uma arma com uma espécie de granada no final. Era um lançador de granadas ou algo assim”. O homem descreveu os dois terroristas como sendo “muito calmos, muito determinados, muito equilibrados e muito profissionais”. “Eram soldados de verdade. Eles não levantaram a voz, não pareciam agitados e não estavam suando”. Ao partiram com o carro, eles disseram: “Se a mídia te perguntar qualquer coisa, digas que é a Al Qaeda do Iêmen”.

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Nesta quinta, fontes na França e nos Estados Unidos afirmam que Said Kouachi, de quem não se tinha muitas informações, teria passado alguns meses com uma das células mais ativas do grupo terrorista no Iêmen, em 2011. Um oficial do Iêmen afirmou que o governo do país sabia da possibilidade de existir uma conexão entre Said e a célula da Al Qaeda e estava analisando as possíveis ligações.

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As forças de segurança da França mobilizaram 90.000 policiais na quinta-feira na caçada aos suspeitos do massacre em Paris. Na manhã desta sexta-feira, a agência France-Presse reportou que policiais haviam trocado tiros durante uma perseguição a um carro roubado em Dammartin-en-Goële. A cidade de Dammartin-en-Goële fica a cerca de 15 quilômetros do Aeroporto Charles de Gaulle, um dos principais de Paris. Por causa da presença de helicópteros na rota de aproximação dos aviões, duas pistas do aeroporto estão fechadas e as aeronaves estão tendo de mudar suas rotas.

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