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Polícia conclui relatório sobre morte de jovem negro em Baltimore

A conclusão das autoridades locais foi entregue à procuradoria do Estado de Maryland, que pediu calma à população enquanto analisa o documento

Por Da Redação
30 abr 2015, 18h38

A polícia de Baltimore, no Estado americano de Maryland, concluiu com um dia de antecedência um relatório sobre a morte de Freddie Gray, um jovem negro de 25 anos morto em decorrência de ferimentos na coluna que teriam sido causados durante o período em que ele estava sob a custódia das autoridades locais. O comissário de polícia do município, Anthony Batts, disse que antecipou a entrega do documento porque entedia a frustração da população e a urgência do caso. O arquivo foi encaminhado à procuradoria de Maryland, que pediu calma à população enquanto analisa o documento – cujo teor não foi divulgado.

“O escritório da procuradoria estadual recebeu as cópias da investigação movida pelo departamento de polícia de Baltimore. Contudo, os resultados das investigações deles não são novos para nós. Fomos informados dos acontecimentos regularmente durante o processo e enquanto conduzíamos a nossa própria investigação independente e de forma simultânea”, diz uma nota divulgada nesta quinta-feira. “Pedimos para que o público se mantenha paciente e calmo e confie no processo do sistema jurídico”.

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Agora, a procuradoria de Maryland decidirá se serão feitas acusações criminais contra os seis policiais envolvidos na prisão de Gray. Eles estão suspensos de suas atividades, mas continuam recebendo pagamentos. Segundo Anthony Batts, a polícia de Baltimore seguirá investigando o caso mesmo após a entrega do relatório policial desta quinta-feira. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu um inquérito federal para apurar se foram violados os direitos civis de Gray.

As autoridades de Baltimore também comunicaram que o carro da polícia que transportava Gray fez uma parada adicional que não era conhecida pelos investigadores até então. A parada foi flagrada graças a um sistema de câmeras privado. A polícia não informou os motivos pelos quais a van estacionou e se recusou a fornecer mais detalhes. Anteriormente, Batts havia reconhecido que os oficiais erraram ao não prestar atendimento médico a Gray no momento em que ele foi preso. Os policiais também não teriam afivelado os cintos em torno do jovem, o que levanta as suspeitas de que as fraturas possam ter ocorrido durante os 30 minutos que o veículo levou até chegar a um hospital. Gray entrou em coma no hospital e morreu após uma semana.

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Ao jornal The Washington Post, um detido que estava na mesma van que Gray disse que ele tentou “se machucar intencionalmente” ao “se jogar contra as paredes” do veículo. O homem, contudo, estava separado de Gray por uma divisória de metal e não podia vê-lo diretamente. A prefeita de Baltimore, Stephanie Rawlings-Blake, pediu para que as pessoas aguardem a conclusão da investigação antes de especular sobre o que teria acontecido. “Farei tudo que eu puder para apoiar a procuradoria estadual e o Departamento de Justiça nestas investigações. A família de Gray quer respostas, eu quero respostas, nossa cidade inteira precisa de respostas”, disse.

Na segunda-feira, confrontos entre manifestantes e policiais em Baltimore deixaram quinze oficiais feridos. Lojas foram saqueadas e até incendiadas pelos vândalos. Os atos de violência ocorreram após o funeral de Gray. A Prefeitura anunciou um toque de recolher e o governador de Maryland, Larry Hogan, autorizou o envio da Guarda Nacional para manter a ordem na cidade. Outras cidades também registraram conflitos após protestos exigindo Justiça para Gray. Em Nova York, as autoridades comunicaram que aproximadamente 100 pessoas foram detidas na quarta-feira.

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(Da redação)

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