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Polícia argentina revista casa de único indiciado no caso Nisman

Segundo investigação independente, o técnico em informática Diego Lagomarsino pode ter estado com o procurador-geral em um horário próximo da sua morte

Por Da Redação
10 mar 2015, 08h46

A polícia argentina revistou nesta segunda-feira a casa de Diego Lagomarsino – o único indiciado na investigação sobre a morte do procurador-geral Alberto Nisman – em busca de computadores e de outros equipamentos do técnico em informática, reporta o jornal Clarín nesta terça. Lagomarsino, um estreito colaborador de Nisman na investigação do atentado contra a associação judaica Amia, em 1994, admitiu em depoimento que emprestou ao promotor a arma calibre 22 da qual saiu o disparo fatal.

Nisman morreu no banheiro do seu apartamento em Buenos Aires no dia 18 de janeiro, três dias após acusar a presidente Cristina Kirchner de tentar acobertar os responsáveis iranianos pelo ataque à Amia. O analista de informática foi demitido no dia 9 de fevereiro de seu cargo de assessor judicial. A batida na casa de Lagomarsino, em San Isidro, periferia norte de Buenos Aires, foi determinada pela juíza Fernanda Palmaghini, com base na ação movida pela juíza Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher de Nisman.

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Com base em um relatório independente realizado por legistas a seu pedido, Sandra afirmou na semana passada que “Nisman não sofreu um acidente, não se suicidou, e sim foi morto”. Juíza federal e mãe das duas filhas do promotor – de 8 e 15 anos – ela entregou as conclusões do relatório à promotoria, que investiga o caso como “morte duvidosa”. Segundo o relatório, Nisman morreu por volta das 20h00 de sábado, 17 de janeiro, com margem de erro de quatro horas, justamente no horário em que Lagomarsino admitiu ter estado no apartamento do promotor.

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Após tomar conhecimento deste dado, que coloca seu cliente no apartamento no horário provável da morte, a defesa de Lagomarsino rebateu lembrando que o computador de Nisman foi acionado na madrugada de domingo, quando segundo o relatório ela já estaria morto. Diante da divergência, Sandar pediu à Justiça o sequestro e a análise dos equipamentos de Lagomarsino, com a suspeita de que o acionamento do computador de Nisman possa ter sido feito de maneira remota.

O técnico em informática afirma que emprestou a arma a Nisman porque o promotor queria defender suas filhas de uma eventual confusão nas ruas. O relatório independente de Sandra Arroyo Salgado contrasta com a investigação oficial, que situa a morte de Nisman na madrugada de domingo. A classificação oficial de “morte duvidosa” implica em três possibilidades: suicídio, suicídio induzido ou assassinato. A promotora argentina Viviana Fein, responsável pela investigação da morte de Alberto Nisman, indiciou Diego Lagomarsino por entregar a pistola Bersa calibre 22 ao promotor. A promotoria citou um artigo do Código Penal que prevê prisão de um a seis anos a quem entregar arma de fogo a quem não seja o legítimo usuário.

(Da Redação)

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