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Parlamento Europeu pede que Reino Unido comece a sair da UE na terça

Por Da Redação
26 jun 2016, 11h13

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, pediu ao primeiro-ministro britânico David Cameron que inicie o processo de saída da União Europeia (UE) na terça-feira, dia de uma reunião de cúpula do bloco. Em entrevista ao jornal alemão Bild, Schulz afirmou que um período confuso levaria a mais insegurança, o que pode causar desemprego.

“Essa atitude de dúvida, simplesmente para seguir o jogo tático dos conservadores britânicos, prejudica a todos”, afirmou Schulz. “Por isso contamos com o governo britânico para cumprir suas promessas a partir de agora – e a reunião de cúpula de terça-feira será um bom momento”.

As quatro bancadas mais importantes do Parlamento Europeu também redigiram uma resolução que convida Cameron a iniciar o Brexit (ou “saída britânica”, segundo a contração das palavras em inglês) na terça-feira, informa o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

“É imperativo evitar uma incerteza prejudicial para todos e preservar a unidade da União”, afirma o texto dos parlamentares. “Não se poderá aprovar nenhuma nova relação, seja qual for, entre o Reino Unido e a UE enquanto o acordo de saída não estiver concluído.”

Na sexta-feira, após o choque do resultado do referendo que definiu a saída do Reino Unido da UE, Cameron anunciou sua renúncia para o mês de outubro, deixando para o sucessor o papel de negociar o Brexit com os outros países-membros.

Como estipula o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que até hoje nunca foi utilizado, para concretizar a saída, o Reino Unido deve notificar o Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de governo, sobre a intenção de abandonar a União Europeia. A partir desse momento, o Estado que deseja abandonar o bloco e os membros da UE têm dois anos para negociar a saída.

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Os chefes de Estado e os representantes da União Europeia devem se reunir na terça e na quarta-feira para discutir o referendo britânico. O Parlamento Europeu terá reunião na terça-feira em sessão extraordinária.

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Os ministros das Relações Exteriores dos seis países fundadores da UE (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo) pressionaram no sábado o governo britânico a iniciar o processo de saída “o mais rápido possível”.

A chanceler alemã Angela Merkel, no entanto, mostrou-se um pouco mais flexível ao afirmar que cabe ao Reino Unido decidir quando iniciar a fase de saída, mas sem “eternizar-se”. “Não temos nenhuma razão para ser desagradáveis nas negociações. Devemos seguir as regras do jogo”, declarou ela no sábado.

O chefe de gabinete de Merkel, Peter Altmaier, disse que a “petição (de saída) será apresenta dentro de algumas semanas, ou mesmo em alguns meses”. Ele declarou que o novo governo britânico deve primeiro se organizar para depois apresentar o pedido. “Deveríamos esperar com tranquilidade”, afirmou.

O secretário de Estado americano John Kerry viajará na segunda-feira a Bruxelas e depois a Londres para conversar sobre o Brexit. Washington não escondeu a decepção com a vitória do Brexit. O governo dos Estados Unidos teme especialmente as consequências sobre os mercados financeiros.

(Com AFP)

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