França oferece asilo a cristãos ameaçados por jihadistas no Iraque
Comunicado oficial assinado pelos ministros das Relações Exteriores e do Interior afirma que Paris está trabalhando para amenizar a situação dos fiéis
Por Da Redação
28 jul 2014, 12h16
O governo da França condenou nesta segunda-feira as ameaças dos grupos jihadistas contra os cristãos no Iraque e se disse disposto a facilitar asilo para os iraquianos perseguidos pelos radicais fundamentalistas. “Ajudamos os deslocados que fogem das ameaças do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EILI) e se refugiaram no Curdistão. Estamos dispostos, se desejarem, a facilitar o abrigo em nosso território com o título de asilo”, disseram em comunicado conjunto os Ministérios das Relações Exteriores e do Interior.
Os ministros Laurent Fabius e Bernard Cazeneuve destacaram que o ultimato lançado pelo EIIL contra essas comunidades em Mosul “é o último exemplo trágico da terrível ameaça que pesa sobre eles no Iraque, mas também na Síria e em outros lugares onde são historicamente parte integrante da região”. A França “continuará nos próximos dias a mobilizar a comunidade internacional para que se garanta a proteção a essa população”, completaram os ministros no comunicado. Fabius e Cazeneuve também indicaram que receberão em breve representantes na França das comunidades cristãs no Iraque.
É um Estado islâmico governado por um único líder político e religioso, o Califa.
Califas são considerados por seus seguidores como sucessores de Maomé e soberanos sobre todos os muçulmanos.
O primeiro califado surgiu depois da morte do profeta Maomé, no ano de 632.
Nos séculos que se seguiram, foram criados outros califados no Oriente Médio e no Norte da África.
O último califado foi abolido em 1924 pelo líder turco Kemal Ataturk, criador do Estado moderno turco, depois do colapso do Império Otomano.
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Ultimato – Em 18 de julho os cristãos de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, fugiram em massa depois de o ultimato de três dias marcado pelos extremistas expirar. Ele determinava que se não renunciassem a sua religião e se convertessem ao islã deveriam abandonar a cidade.
O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, condenou no início deste mês o tratamento dado aos cristãos e instruiu um comitê do governo a ajudar os desabrigados. No entanto, ele não disse quando o Exército poderia tentar reconquistar o controle de Mosul. O EIIL alertou todas as mulheres em Mosul a usar o véu que cobre todo o rosto, do contrário sofreriam uma punição severa. Os insurgentes sunitas, que declararam um califado em partes do Iraque e da Síria, também veem os xiitas majoritários do Iraque como infiéis que merecem ser mortos.
(Com agências Reuters e EFE)
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