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Para defender Cristina, seu partido ataca juízes, promotores, jornalistas…

O Partido Justicialista divulgou uma longa nota oficial afirmando que há uma conspiração para enfraquecer o governo liderado por Cristina Kirchner

Por Da Redação
23 jan 2015, 07h57

O Partido Justicialista (PJ), de Cristina Kirchner, mostrou sua “estratégia” para proteger o governo da confusão criada após a própria presidente mudar de versão em menos de uma semana sobre a morte do procurador-geral Alberto Nisman. Segundo reporta o jornal Clarín nesta sexta-feira, “em completa harmonia com a Casa Rosada”, as lideranças do partido acusam a “mídia concentrada”, “serviços de inteligência deslocados”, juízes e promotores de “golpe”. Segundo o partido governista, está em curso um processo de “desestabilização” que pretende “enlamear” a presidente.

A teoria de conspiração do PJ consta em uma nota oficial lida na sede da legenda diante de jornalistas e com a presença dos principais líderes justicialistas. No texto, o partido define Cristina como “uma campeã na luta pela igualdade”. O longo texto, assim como Cristina vem fazendo, também tenta desqualificar a investigação conduzida por Nisman, que acusou a presidente e membros do governo pela tentativa de acobertar terroristas iranianos, que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994. Sem eufemismos, logo no segundo parágrafo, o texto acusa diretamente os jornais Clarín e La Nación de “manchar a figura política de Cristina” com o objetivo claro de desestabilizar as instituições.

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A lamentação pela morte de Nisman, que foi encontrado neste domingo sem vida com um tiro na cabeça em condições suspeitas, aparece apenas no décimo parágrafo, bem depois da metade do texto. A declaração do PJ também cobra o esclarecimento da morte do procurador-geral, pois isso “implicará em saber quem o pressionava, chantageava ou o dirigia”.

De acordo com o Clarín, nem todos os membros do PJ aprovaram o tom acusatório do texto. “Cometemos um suicídio político coletivo induzido pela La Cámpora e Zannini”, lamentou um dirigente do partido não identificado, referindo-se ao movimento de apoio à presidente liderado por seu filho Máximo Kirchner e a Carlos Zannini, secretário-geral do PJ. A supervisão da nota oficial do partido ficou sob a responsabilidade de Zannini; do chefe de Gabinete de Cristina, Jorge Capitanich; do deputado Eduardo De Pedro; e do governador do Estado de Jujuy e presidente do PJ, Eduardo Fellner.

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