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Papa Francisco defende financiamento público de campanha

Em entrevista a revista publicada por jovens da periferia de Buenos Aires, pontífice pediu 'transparência' nos gastos de campanhas eleitorais

Por Da Redação
10 mar 2015, 22h33

O papa Francisco voltou a entrar em uma seara alheia à liturgia ao falar sobre campanhas eleitorais. Em entrevista a uma revista argentina, o pontífice defendeu o financiamento público de campanha. “No financiamento de campanha entram em jogo muitos interesses que depois mandam a fatura”, disse. “Evidentemente esse é um ideal, porque sempre é preciso dinheiro para manifestos, para a televisão. Em todo caso, que seja um financiamento público. Desta forma eu, cidadão, sei que financio este candidato com esta determinada quantia de dinheiro. Que tudo seja transparente e limpo”.

A declaração sobre um assunto delicado foi muito mais abrangente do que o exigido pela pergunta, que questionava o que o papa recomendaria aos políticos argentinos neste ano de eleições presidenciais. A entrevista foi para a revista La Cárcova News, uma publicação de jovens de uma populosa comunidade na periferia da grande Buenos Aires – região bem conhecida do ex-arcebispo local.

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Francisco também pediu uma “plataforma eleitoral clara” dos candidatos e voltou a tocar em um tema que já lhe causou dor de cabeça: a questão das drogas na Argentina. Em fevereiro, o papa falou sobre o crescimento do narcotráfico em seu país de origem, expressando seu desejo de que ainda houvesse tempo para “evitar a mexicanização”. Depois disso, teve de se retratar com as autoridades do México.

Na nova entrevista, mencionou a produção de entorpecentes na Argentina. “Há países que já são escravos da droga. Há países ou áreas onde tudo está sob o domínio da droga. Com relação à Argentina, só posso dizer isso: há 25 anos era país de trânsito, hoje em dia, é onde se consome a droga. E eu não tenho certeza, mas acredito que também se fabrica”.

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Medo da dor – O pontífice também admitiu ter medo da dor física ao ser questionado a respeito de notícias de que ‘fanáticos’ querem matá-lo. “Nossa vida está nas mãos de Deus. Eu disse ao Senhor: Tome conta de mim. Mas se for da sua vontade que eu morra ou que alguém faça algo comigo, eu peço apenas uma coisa: que isso não me machuque, porque sou muito covarde quando se trata de dor física”.

No final do ano passado surgiram informações de que o serviço secreto italiano havia identificado uma ameaça terrorista do Estado Islâmico contra o papa Francisco, que poderia ser alvo de um atentado. A segurança no Vaticano foi reforçada. Durante uma visita do pontífice a Manila, em janeiro, houve rumores de que militares filipinos teriam frustrado um ataque terrorista – o que foi negado pelo Vaticano.

(Da redação)

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