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Papa considera diálogo com Estado Islâmico ‘quase impossível’

Para líder da Igreja Católica, no entanto, não se deve fechar as portas para nenhuma possibilidade

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h45 - Publicado em 25 nov 2014, 16h37

O papa Francisco uniu-se nesta terça-feira às – poucas – vozes que falam em diálogo com os selvagens do Estado Islâmico. Mas é preciso pôr a declaração do pontífice em seu devido contexto. Francisco é o líder espiritual da Igreja Católica, e a pregação da paz entre os homens é um imperativo para ele. Mesmo assim, o papa reconheceu que é “quase impossível” estabelecer qualquer diálogo com terroristas que decapitam, crucificam e executam sumariamente aqueles considerados infiéis.

“Eu nunca vejo uma causa como perdida, nunca. Talvez o diálogo não seja possível, mas eu nunca fecho nenhuma porta. É difícil, pode-se dizer quase impossível, mas a porta permanece sempre aberta”, disse a jornalistas, em declarações reproduzidas pelo jornal italiano La Stampa. O líder da Igreja Católica foi questionado por jornalistas sobre o horror do terrorismo islâmico durante o voo de volta de Estrasburgo, na França, onde discursou para o Parlamento Europeu e para o Conselho da Europa.

Francisco defendeu que nenhum país deve atacar um “agressor injusto” de forma isolada, mas sim buscando um consenso internacional. “Há uma ameaça, o terrorismo de Estado, quando cada Estado, por conta própria, decide que é seu direito massacrar terroristas, e com eles caem muitos inocentes”, disse. “Devemos lutar contra o terrorismo, mas, repito, quando um agressor injusto precisa ser contido, isso deve ser feito com o consenso da comunidade internacional. Nenhum país tem o direito de, por contra própria, parar um agressor injusto”, completou.

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A presidente Dilma Rousseff também fez uma pregação do diálogo como forma de dirimir conflitos ao viajar para a Assembleia Geral da ONU, no final de setembro. No entanto, sua fala estava impregnada pelo antiamericanismo. Pouco depois, o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, uma resolução urgindo todos os países a reforçar suas leis para criminalizar cidadãos que viajam para celeiros terroristas.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão que tenta combater o EI no Iraque e na Síria por meio de ataques aéreos. O grupo já sequestrou e escravizou meninas, tentou exterminar minorias religiosas e executou milhares de homens. Sem medo de retaliação, ainda põe evidência de seus crimes na internet. Cinco reféns estrangeiros já foram decapitados diante das câmeras do EI, que usa a barbárie como propaganda e ainda faz ameaças aos EUA e a Grã-Bretanha por bombardearem alvos terroristas.

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