Papa condena ‘perseguição brutal’ a minorias religiosas
Em mensagem de Natal, Francisco defendeu vítimas de conflitos na Síria e no Iraque e conclamou as pessoas a não serem indiferentes ao sofrimento alheio
Em sua tradicional mensagem de Natal, o papa Francisco pediu o fim da “perseguição brutal” a minorias religiosas em conflitos bélicos. No discurso Urbi et Orbi – para a cidade e para o mundo -, o pontífice citou especificamente os cristãos do Iraque e da Síria, vítimas da selvageria do grupo jihadista Estado Islâmico. “Eu peço a ele, o Salvador do mundo, que olhe para nossos irmãos e irmãs no Iraque e na Síria, que por muito tempo agora vêm sofrendo os efeitos de um conflito em andamento e que, juntos com aqueles que pertencem a outros grupos étnicos e religiosos, estão sofrendo uma perseguição brutal”, disse o papa.
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Discursando para mais de 80 mil pessoas que lotaram a Praça de São Pedro, Francisco conclamou a todos que não sejam indiferentes ao sofrimento do próximo. O papa argentino também lembrou aqueles que são “mantidos reféns ou massacrados” na Nigéria, país que enfrenta uma forte insurgência de terroristas islâmicos. Francisco pediu ainda por diálogo entre israelenses e palestinos, condenou os ataques de militantes do Taliban que mataram mais de 130 estudantes no Paquistão na semana passada, e agradeceu aos que estão ajudando as vítimas da epidemia de ebola. Ao falar sobre a Ucrânia, o pontífice apelou para que se vença o ódio e a violência com “um novo caminho de fraternidade e reconciliação”.
O papa também dedicou trechos de sua mensagem às crianças. O pontífice condenou o fato de que “tantas (sejam) vítimas da violência, objeto de tráfico ilícito e tráfico de pessoas”. Francisco falou ainda sobre as crianças “mortas antes de ver a luz”, em uma crítica explícita ao aborto.
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(Com AFP e Reuters)