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Otan terá presença militar contínua no leste europeu

Aliança confirma também uma nova unidade militar com capacidade de ação rápida 'em qualquer lugar do mundo'. EUA e outros nove países criam coalizão para combater o Estado Islâmico

Por Da Redação
5 set 2014, 11h48

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou nesta sexta-feira que vai criar uma força militar de reação rápida ante a preocupação dos aliados do leste da Europa pela crise na Ucrânia e para fazer frente à ameaça que representa o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), disse o secretário-geral Anders Fogh Rasmussen em Newport, no País de Gales, no encerramento da cúpula bianual dos países-membros.A nova unidade permitirá à Otan “manter uma presença contínua no leste do território da aliança”, afirmou Rasmussen em coletiva de imprensa.

“O momento de segurança que enfrentamos é mais imprevisível do que nunca: a Rússia está atacando a Ucrânia e há instabilidade no Oriente Médio e no norte da África. Nestes momentos turbulentos, a Otan precisa estar preparada para poder se defender”, disse Rasmussen. O secretário-geral se referiu à nova força como uma “ponta de lança” da Força de Reação Rápida que a Otan já possui e que nunca foi utilizada.

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A missão também terá, pela primeira vez, um núcleo de ciberdefesa, o que significa que um ataque cibernético contra um estado membro pode ter como resposta uma ação militar.

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A nova unidade especial será menor e mais ágil, com equipamentos terrestres, aéreos e navais que podem ser mobilizados em “um curto espaço de tempo”, disse Rasmussen. O politico dinamarquês explicou que as unidades militares poderão “ser desdobradas em qualquer lugar do mundo e em muito pouco tempo”. Rasmussen disse também que alguns países se ofereceram para abrigar os contingentes que serão mobilizados.

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Mas, segundo adiantou o primeiro-ministro britânico David Cameron, o quartel-general do novo destacamento militar será na Polônia. Cameron também afirmou que a Grã-Bretanha está disposta a contribuir com 3.500 militares para a Força de Reação Rápida existente, dos quais 1.000 seriam para a força reduzida, criada nesta sexta-feira. O presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, anunciou que seu país sediará a próxima cúpula bienal da Otan em Varsóvia, em 2016.

Estado Islâmico – Antes do anúncio de Rasmussen, a administração Obama anunciou a formação de uma coalizão internacional exclusivamente para combater os extremistas do Estado Islâmico. Além dos EUA, a aliança conta com Grã-Bretanha, França, Alemanha, Canadá, Turquia, Itália, Polônia, Dinamarca e Austrália, a única que não faz parte da Otan. “Este é o grupo central que vai formar uma coalizão mais ampla necessária para enfrentar esse desafio”, destacou o chefe do Pentágono, Chuck Hagel.

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Ainda não está claro quantas nações vão se juntar aos EUA nos ataques aéreos contra os terroristas no Iraque, apesar de Grã-Bretanha, França e Austrália aparecerem como os aliados mais prováveis na ofensiva. França e Austrália têm postos avançados nos Emirados Árabes Unidos, enquanto a Grã-Bretanha mantém uma base militar no Chipre.

Hagel e o secretário de Estado americano, John Kerry, também não disseram se há planos – e quais seriam os planos – para atacar os jihadistas no território Sírio. “Precisamos ataca-los de maneira a evitar que avancem no território, reforçar as forças de segurança iraquianas e outras na região, para que estejam preparadas para enfrentá-los por conta própria, sem comprometer nossas tropas”, disse Kerry, descartando o envio de militares para combater nas áreas tomadas pelos terroristas.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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