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Ex-ditador Muhammadu Buhari vence eleições presidenciais na Nigéria

Opositor derrotou o atual presidente, Goodluck Jonathan, com uma diferença de 2 milhões de votos

Por Da Redação
31 mar 2015, 15h36

O ex-ditador Muhammadu Buhari derrotou o atual presidente Goodluck Jonathan na disputa presidencial na Nigéria, tirando do poder o Partido Democrático do Povo, que comandava o país desde 1999. Segundo a agência Reuters, Buhari conseguiu 15,4 milhões de votos contra 13,3 milhões de Jonathan.

Jonathan telefonou para o rival nesta terça-feira e reconheceu a derrota, segundo informação do partido de Buhari, o Congresso de Todos os Progressistas (APC, na sigla em inglês). A iniciativa pode contribuir para evitar conflitos entre partidários dos dois candidatos.

Se, de fato, a transferência de poder ocorrer com tranquilidade, significará a primeira transferência de poder entre civis de diferentes partidos no país. Ainda faltam ser contabilizados os votos em apenas um dos 36 Estados do país, uma localidade do norte, onde as críticas à inação do presidente diante das barbáries dos jihadistas são maiores.

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A eleição presidencial na Nigéria acabou se tornando um referendo sobre o governo de Jonathan, que além de ter sido incapaz de conter os ataques do Boko Haram, não aproveitou as riquezas do petróleo para reduzir a desigualdade e teve sua imagem prejudicada por escândalos de corrupção.

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Acabou sendo derrotado por um ex-ditador que se define como “convertido à democracia”. General da reserva do Exército nigeriano, Buhari comandou o país há três décadas, depois de um golpe militar, passando a controlar a imprensa e a prender opositores. Desde então, ele já havia tentado voltar ao poder três vezes, sendo derrotado nas eleições de 2003, 2007 e 2011.

Uma diferença significativa entre Buhari e Jonathan está no campo religioso. O vencedor das eleições é muçulmano, como a maioria da população, enquanto o protestante pentecostal Jonathan assumiu a presidência em 2010 com a doença e consequente morte do titular sem aliados políticos em meio a uma elite dirigente.

As eleições no fim de semana não ocorreram sem incidentes. O Boko Haram, que tinha prometido perturbar o processo, realizou uma série de ataques, ameaçando eleitores e deixando dezenas de mortos. Além disso, houve falha no sistema de votação por meio de identificação biométrica, atrasando o pleito, que acabou sendo prorrogado até domingo.

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(Da redação)

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