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Ofensiva jihadista no Iraque já matou 9.347 civis em 2014

Segundo a ONU, o número de mortos pode ser 'muito maior', pois os conflitos também provocam vítimas por falta d'água, de remédios e de alimentos

Por Da Redação
2 out 2014, 08h18

A ofensiva dos jihadistas no Iraque deixou nos nove primeiros meses deste ano 9.347 civis mortos e 17.386 feridos, segundo um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e da Missão da ONU no país (Unami, na sigla em inglês). O documento, divulgado nesta quinta-feira, revelou que a maioria das vítimas morreu ou ficou ferida entre 1º de junho e 30 de setembro, quando a ofensiva dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) se intensificou.

O relatório informou que o número de vítimas “pode ser muito maior”, pois se desconhece quantas pessoas morreram por causas indiretas ao conflito, como a falta de comida, água ou remédios após abandonarem seus lares e ficarem presas em zonas controladas por EI. As crianças, as mulheres grávidas, os deficientes e os idosos são “particularmente vulneráveis”, destaca o documento. O relatório também se refere ao número de deslocados internos que, até agosto, chegou a 1,8 milhão de pessoas. Destes, cerca de um milhão permanecem em áreas controladas pelos jihadistas ou pelo governo central, enquanto 800.000 sobrevivem na região do Curdistão.

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Além disso, o relatório denuncia que as Forças de Segurança iraquianas e as forças afins ao exército também cometeram graves abusos e violaram a lei humanitária internacional. Segundo o texto, foram cometidos bombardeios indiscriminados, “assim como operações militares que violaram os princípios de distinção e proporcionalidade de acordo com a lei humanitária internacional”. Grupos armados filiados ou apoiados pelo governo também praticaram assassinatos seletivos, incluindo de milicianos do EI capturados, e sequestros de civis, afirma o relatório.

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Síria – Os jihadistas avançavam nesta quinta em direção à cidade curda de Ain al-Arab, no norte da Síria, o que obrigou os combatentes curdos a abandonar a contenção que faziam, afirmou o diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman. “Há um grande temor de que o EI possa chegar muito em breve a Kobane [nome curdo para Ain al-Arab]”, disse Rahman. A cidade, próxima da fronteira com a Turquia, tem milhares de civis curdos.

O avanço dos jihadistas acontece apesar dos bombardeios da coalizão internacional contra suas posições neste setor para impedir que cheguem a Ain al-Arab, defendida pelas forças curdas há duas semanas. “Há dúvidas de que os combatentes curdos possam resistir, já que o EI utiliza tanques e outras armas pesadas na ofensiva”, disse o diretor da ONG, que recordou que os curdos são inferiores em número e armas. Os curdos se preparam para batalhas nas ruas de Ain al-Arab, caso os jihadistas consigam romper as linhas de defesa nas proximidades da cidade.

(Com agências France-Presse e EFE)

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