Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Obama: ‘EUA e Brasil devem liderar combate ao aquecimento global’

As nações anunciaram que até 2030, pelo menos 20% da geração de eletricidade de seus territórios vai ser proveniente de fontes renováveis que não sejam de hidrelétricas

Por Da Redação
30 jun 2015, 13h27

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff se comprometeram nesta terça a trabalhar para conseguir um acordo global que seja “ambicioso e equilibrado” sobre a questão climática até setembro, quando será realizada a COP 21 – sigla pela qual a conferência do clima de Paris é conhecida. Em uma conferência de imprensa, Obama falou que “Estados Unidos e Brasil devem liderar o combate ao aquecimento global”. No encontro, considerado crucial para recompor as relações bilaterais, Obama e Dilma abordaram também estímulos ao crescimento do intercâmbio comercial, assim como entendimentos no setor de defesa.

Por meio de um comunicado conjunto, Dilma disse que reduzirá as emissões de carbono para contribuir de forma “justa e ambiciosa”. O Brasil também se comprometeu em reflorestar 12 milhões de hectares e garantir entre 28% e 33% de fontes renováveis em eletricidade, sem incluir hidroeletricidade, até 2030. Os Estados Unidos, por sua vez, reduzirão as emissões de carbono entre 26% e 28% até 2025 – o país já havia firmado o mesmo compromisso com a China. Em uma iniciativa conjunta, as nações também buscarão usar até 20% de fontes renováveis de energia além da hidroeletricidade. Há ainda medidas conjuntas pouco concretas, como a criação de um grupo de trabalho bilateral sobre a mudança climática e de um programa binacional sobre investimentos em florestas e no setor de terras, segundo o jornal The Washington Post.

Leia também

Obama leva Dilma a memorial de Martin Luther King e oferece jantar na Casa Branca

Continua após a publicidade

Ministro da Defesa diz que Brasil e EUA vivem ‘nova fase’ no setor

Restabelecimento de confiança marca agenda política de Dilma nos EUA

“Desde 2005, nossas nações reduziram as emissões de carbono mais do que qualquer outra nação do mundo. Juntos nossos países são líderes em energia limpa”, afirmou o presidente americano. Concluir a visita com uma declaração forte sobre o assunto é um ponto positivo para o governo americano, pois Obama pretende deixar um legado no combate ao aquecimento global – um assunto delicado na política americana, que conta com lobby contrário de indústrias bilionárias e é muito questionado pelos republicanos.

Obama também aproveitou a conferência para brincar com um presente dado a ele pelo governo brasileiro. “Dilma me deu um moletom amarelo e verde muito bonito, que diz Brasil nas costas. Eu não posso usá-lo em público, porque tenho que torcer para os EUA. Mas para usar em casa, à noite, ele pode ser muito confortável. Quem sabe posso usar para dormir”, afirmou, arrancando risos dos presentes. Em seguida, Dilma convidou o presidente americano para prestigiar as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. Ela garantiu que Obama será “muito aplaudido” se comparecer ao evento.

Continua após a publicidade

Washington e Brasília também anunciaram a pretensão de duplicar o intercâmbio comercial nos próximos dez anos. Ainda nesta terça-feira, Dilma participará de um almoço oferecido pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na sede do Departamento de Estado americano. Ela encerrará sua agenda na capital federal na Câmara do Comércio, onde fará o encerramento da Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos. Está prevista para a quarta-feira a participação de Dilma em eventos voltados para a informática, tecnologia e inovação na cidade de São Francisco.

Dilma já havia se encontrado com Obama na segunda-feira. Os presidentes visitaram o memorial em homenagem ao ícone da luta pelos direitos civis dos negros Martin Luther King e jantaram juntos na Casa Branca. A viagem da presidente tem caráter formal de “visita oficial”, mas Obama fez gestos especiais como hospedar Dilma na Blair House, a residência para hóspedes do governo americano. Os laços entre Brasília e Washington sofreram abalos significativos em 2013 com as revelações de que a inteligência dos Estados Unidos havia espionado as comunicações de Dilma e da Petrobras. Em retaliação, a presidente cancelou uma visita de Estado a Washington programada para outubro daquele ano.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.