Obama chega a Riad para reunião com rei saudita
O presidente americano também vai se encontrar com os líderes do Conselho de Cooperação do Golfo para discutir conflitos do Oriente Médio e terrorismo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quarta-feira a Riad, capital da Arábia Saudita, para se reunir com o rei Salman e participar do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), entidade que congrega seis países da região – Barein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – que ocorrerá nesta quinta-feira. Em sua quarta viagem oficial ao país, Obama é o presidente americano que mais visitou o reino saudita.
O líder americano discutirá com o rei Salman e seus outros membros do CCG os diferentes conflitos que assolam o Oriente Médio e a luta contra o terrorismo, enquanto tentará tranquilizar os países do Golfo em relação ao Irã.
O encontro acontece em um momento de tensão por comentários de Obama durante uma recente entrevista à revista The Atlantic. Na entrevista, o presidente americano classificou alguns aliados do Oriente Médio e da Europa como “oportunistas” por pressionar os EUA a se envolverem em complicados conflitos que pouco têm a ver com seus interesses.
Leia também:
Arábia Saudita executa clérigo xiita e irrita Irã
Arábia Saudita rompe relações diplomáticas com Irã
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, reconheceu ontem que os EUA e seus aliados do Golfo têm “diferenças significativas” sobre vários assuntos e que Obama prevê abordá-las durante a visita a Riad.
A visita também ocorre em meio à controvérsia por Obama rejeitar um projeto de lei que busca permitir que as vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 possam processar o governo da Arábia Saudita por esses atentados terroristas. Ele justificou sua oposição a esse projeto por considerar que, se for aberta essa possibilidade, estará facilitando que os EUA sejam processados continuamente por indivíduos de outros países.
Também viajará a Riad o secretário de Estado americano, John Kerry, que chegou hoje ao Cairo para debater com o presidente egípcio, Abdel Fattah Sisi, os laços bilaterais e os conflitos regionais.
(Com EFE)