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Novo premiê turco anuncia gabinete; equipe econômica não muda

Ahmet Davutoglu é homem de confiança do ex-premiê e atual presidente Erdogan, que seguirá influenciando os rumos políticos e econômicos do país

Por Da Redação
29 ago 2014, 08h41

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, homem forte do ex-premiê e recém empossado presidente Recep Tayyip Erdogan, anunciou um novo gabinete de governo nesta sexta-feira, mantendo no lugar os principais integrantes da equipe econômica e indicando para ministro das Relações Exteriores o encarregado dos assuntos da Turquia com a União Europeia (UE). O diplomata de carreira Mevlut Cavusoglu, que está deixando o posto de ministro de Assuntos da UE, se tornou chanceler. Yalcin Akdogan, um assessor do novo presidente, Tayyip Erdogan, foi nomeado vice-primeiro-ministro. Mantiveram seus postos o ministro das Finanças, Mehmet Smisek, o ministro da Economia, Nihat Zeybecki, e o ministro da Energia, Taner Yildiz.

O novo governo assume o poder em um momento desafiador para a Turquia, já que o crescimento econômico – um dos pilares em que se assenta a popularidade do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) – desacelerou. Outro desafio do novo premiê é lidar com as crescentes tensões no Oriente Médio, região muito próxima da Turquia e onde o governo mantém diálogo com vários países. O avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, na fronteira sul da Turquia, representa uma grande ameaça à segurança do país.

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O ex-primeiro-ministro conservador islâmico Recep Tayyip Erdogan prestou juramento nesta quinta-feira dando início a seu primeiro mandato de cinco anos como presidente do país, uma nação sob seu comando desde 2003, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro. Duas semanas depois de sua clara vitória no primeiro turno das eleições, Erdogan, de 60 anos, foi empossado pelo Parlamento para suceder seu correligionário Abdullah Gul no cargo. Para evitar qualquer obstáculo ao seu projeto de seguir comandando os rumos do país, Erdogan escolheu um de seus fieis aliados para substituí-lo à frente da chefia do governo, o ex-chanceler Davutoglu.

Erdogan jurou solenemente respeitar “a Constituição, a supremacia do Direito, a democracia, os princípios e reformas de Ataturk [Mustafa, fundador do Estado turco] e os princípios da república laica”, num claro sinal ao Ocidente que vê com desconfiança as medidas conservadores de caráter religioso que o ex-premiê adotou nos últimos meses. Os defensores do regime laico criado por Mustafá Kemal Ataturk depois da queda do Império Otomano o acusam de trair seu legado, mas Erdogan afirma suas ações teriam sido aprovada pelo pai da Turquia moderna. “Sou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal na história de nosso país”, destacou Erdogan em seu discurso.

Dez chefes de Estado e de governo participaram da cerimônia de posse, mas nenhum deles era de um país ocidental. Os dirigentes dos grandes países ocidentais, aliados da Turquia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foram representados por diplomatas de baixo ou médio escalão. Erdogan, o político mais popular do país desde a época de Ataturk, não oculta sua intenção que continuar dirigindo a Turquia até 2023, data do centenário da instauração da república. Por isso Erdogan anunciou sua intenção de reforçar as prerrogativas de presidente – até agora muito protocolares – com uma reforma da Constituição.

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