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Motoqueiros holandeses pegam em armas contra o EI

Três membros de um grupo conhecido como 'No Surrender' teriam viajado ao Iraque para combater jihadistas; autoridades não veem problema na iniciativa

Por Da Redação
15 out 2014, 20h51

Enquanto a coalizão internacional liderada pelos EUA hesita em mandar tropas terrestres para combater o Estado Islâmico (EI), membros de uma gangue de motoqueiros holandeses conhecida como No Surrender (Sem Rendição) decidiram agir por conta própria e se juntar às tropas curdas que combatem os jihadistas no Iraque.

Nos últimos dias, surgiram fotos de integrantes da gangue armados com fuzis Kalashnikov confraternizando com soldados curdos. A legenda de uma das fotos, publicada nas redes sociais, indicava que um dos homens era um motoqueiro chamado Ron que “se juntou aos curdos para exterminar os roedores do Estado Islâmico”. Em um vídeo divulgado na internet, um holandês declarava em meio aos combatentes que “os curdos têm sofrido muita pressão”.

De acordo com a agência France-Presse, Klaas Otto, o chefe da gangue, uma das maiores da Holanda, confirmou que três “afiliados” se juntaram à luta contra os jihadistas que têm avançado em regiões do Iraque e da Síria. “Eles são extremamente disciplinados (…) e queriam fazer algo depois que assistiram aos vídeos das decapitações”, disse, em referência às execuções promovidas pelo EI contra cidadãos ocidentais capturados no Oriente Médio. Otto afirmou que os três são militares treinados que já serviram em missões no exterior. Explicou ainda que eles estão agindo de forma independente, e não como representantes do clube.

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Legalidade – O horror imposto pelo Estado Islâmico às suas vítimas, por meio de decapitações, crucificações, escravização de mulheres, levou diversos países a agir para tentar evitar que seus cidadãos viajem ao Iraque e à Síria para se juntar às fileiras do grupo terrorista. Algumas das medidas envolvem confisco de passaportes e proibição de voltar. Na Holanda, quase cinquenta pessoas com dupla nacionalidade tiveram os passaportes revogados.

No caso dos motoqueiros, no entanto, a procuradoria holandesa surpreende ao dizer que, a princípio, não vê nenhum problema, já que não é proibido viajar para combater extremistas. “Juntar-se a uma força estrangeira armada já foi passível de punição, mas não é mais proibido”, disse o porta-voz do órgão, Wim de Bruin. “Você só não pode se juntar a uma luta contra a Holanda”.

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O promotor advertiu, no entanto, que os motoqueiros devem manter distância da milícia curda do PKK, um partido separatista curdo da Turquia que é classificado como organização terrorista na Europa. Acrescentou que eventuais investigações só serão realizadas se houver indícios de crimes como tortura ou estupro.

Os holandeses não são os primeiros ocidentais que se juntaram aos curdos para combater os jihadistas. No início de outubro, a imprensa dos EUA já havia relatado o caso de três cidadãos americanos que resolveram lutar contra o Estado Islâmico.

As tropas curdas enfrentam dificuldades para deter o avanço dos jihadistas, mesmo com o apoio de ataques aéreos da coalizão. Nesta quarta-feira, prosseguia a luta pelo controle da cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia.

(Com agência France-Presse)

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