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Para Evo, ‘nacionalização’ de empresas garantiu vitória

Presidente reeleito na Bolívia, que mandou invadir refinarias da Petrobras em 2006, também atacou bloco comercial que reúne Peru e Chile

Por Da Redação
13 out 2014, 19h25

Em sua primeira entrevista depois da vitória nas eleições de domingo, o presidente boliviano, Evo Morales, apontou que a nacionalização de serviços e empresas foram as principais razões para a sua vitória.

“Estavam em debate dois programas para o Bolívia. A nacionalização e a privatização”, disse. “E, novamente, a nacionalização ganha com mais de 60% dos votos. (…) O que temos aprendido? Que ao povo não pode faltar dinheiro, alimento, água e energia.”

Na mesma entrevista, Morales também criticou a Aliança do Pacífico, o bloco comercial sem viés político que reúne Chile, Colômbia, Peru, México e Costa Rica. “O que é a Aliança do Pacífico? Uma reunião de alguns presidentes que se juntam para acompanhar as políticas do capitalismo ou daqueles que têm um pensamento imperialista”, disse. Ele ainda apontou que a aliança pretende promover o “livre mercado para as políticas do Consenso de Washington, o retorno do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) e a privatização dos serviços básicos”.

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Ainda sobre a vitória, o presidente afirmou ainda que seu grupo político deu “uma paulada” nas eleições gerais ao conquistar dois terços da Assembleia Legislativa. “A paulada se resume a dois terços”, afirmou Morales, se baseando em números das pesquisas de boca de urna que dão a ele e a seu partido a vitória com 60% dos votos. Essa maioria deve permitir que Morales governo confortavelmente sem necessidade de acordos com a oposição e lançar sem problemas novas reformas legais e mudanças na Constituição.

Durante a campanha, a oposição expressou seu temor que, se o partido de Evo alcançar dois terços do parlamento, o presidente possa aprovar uma lei de reforma parcial da Carta Magna e impulsionar um referendo sobre a reeleição indefinida, algo que o governo nega que esteja em seus planos

Os números da boca de urna são os únicos disponíveis até agora porque o Supremo Tribunal Eleitoral boliviano ainda não divulgou dados oficiais das eleições presidenciais e legislativas. Segundo o órgão, um ciberataque e problemas logísticos estão dificultando a contagem de votos. Mesmo sem a confirmação oficial, diversos países enviaram felicitações a Morales, entre eles Espanha, Venezuela, Equador, Cuba, Colômbia e El Salvador.

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