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Médico polonês que se negou a realizar aborto por razões religiosas é absolvido

Bogdan Chazan foi demitido do cargo de diretor de hospital após a recusa, há um ano

Por Da Redação
12 jun 2015, 15h37

O médico polonês Bogdan Chazan que rejeitou praticar um aborto alegando razões de fé foi absolvido nesta sexta-feira pelo comitê disciplinar que julgou o caso, argumentando que a recusa do médico “não justifica denúncias por má prática no tratamento aos pacientes”. Há um ano, Chazan foi demitido de seu cargo de diretor no hospital da Sagrada Família de Varsóvia por sua recusa em praticar um aborto legal segundo a legislação polonesa, já que se tratava de um caso de má-formação do feto.

Chazan, um renomado professor de ginecologia, alegou a cláusula de consciência e argumentou que, como católico praticante, reprovava o aborto. Então, o Ministério de Saúde polonês considerou que Chazan tinha vulnerado a norma da prática médica porque, ao rejeitar realizar o aborto, deveria ter facilitado à paciente um médico ou um centro alternativo onde poderia interromper sua gravidez. O então primeiro-ministro, o liberal Donald Tusk, afirmou que “nenhum médico deveria estar acima da Lei”.

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Nesta sexta-feira, o médico assegurou à imprensa que exigirá das autoridades que lhe devolvam seu posto de diretor do hospital. “Sofri uma pena muito dura (a demissão) e considero que não foi razoável nem justa”, disse Chazan, que acrescentou que a decisão do comitê disciplinar o faz recuperar a “fé na justiça”. Após a polêmica suscitada pela atitude de Chazan, mais de três mil médicos e enfermeiras polonesas assinaram uma declaração na qual defendiam seu direito de negar tratamentos contrários a suas crenças religiosas.

O movimento católico tomou força na Polônia com opiniões como a da doutora Wanda Poltawska, amiga do falecido João Paulo II, para quem “a medicina atual representa o mal”. “Aborto, inseminação artificial e, finalmente, rejeitar Deus como o criador mediante à prática da fecundação in vitro representam uma ameaça para a vida eterna de todas as pessoas que cometem estes atos”, afirmou Poltawska. O vencedor das eleições presidenciais polonesas realizadas no mês passado, o conservador Andrzej Duda, expressou em campanha sua oposição à fecundação in vitro.

(Com agência EFE)

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