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Malaysia Airlines manda parentes de vítimas para casa

Anúncio revoltou familiares hospedados em Pequim. Relatório sobre avião desaparecido indica que operação de resgate demorou 4h para ser iniciada

Por Da Redação
1 Maio 2014, 16h44

A companhia aérea Malaysia Airlines anunciou nesta quinta-feira que vai fechar os centros de assistência que abrigaram parentes de passageiros do avião que desapareceu em 8 de março, quando ia de Kuala Lumpur a Pequim. Ou seja, a empresa pediu a todos que deixem o hotel onde estão hospedados e voltem para suas casas. Todos os centros estarão fechados até a próxima quarta-feira, 7 de maio. O anúncio revoltou um grupo de familiares que estava hospedado em um hotel em Pequim. Muitos choraram e gritaram ao receber a notícia, segundo a rede americana CNN. Outros estão hospedados em Kuala Lumpur e também terão de sair.

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O fechamento dos centros de assistência também significa o fim das reuniões diárias de informações sobre as buscas pela aeronave. Em comunicado, a companhia disse ter “plena consciência da contínua e inimaginável angústia sofrida pelos que tinham entes queridos a bordo”. Acrescentou, no entanto, que o trabalho de investigação e buscas deve ser um “processo prolongado”. Por isso, era necessário promover ajustes no apoio oferecido às famílias. “Em vez de ficarem hospedados em hotéis, aconselhamos os familiares dos passageiros que viajavam no (voo) MH370 que recebam as informações atualizadas no conforto de suas próprias casas”.

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“O que podemos fazer?”, gritou um dos familiares, enquanto outros se ajoelhavam em frente aos seguranças que estavam no hotel em Pequim para manter a ordem durante a reunião. “Quem vai encontrar nossos parentes?”, gritou outro.

A americana Sarah Bajc estava entre no grupo de aproximadamente 500 pessoas que recebeu o comunicado nesta quinta, em Pequim. Ela disse à CNN que muitos já haviam comentado que temiam o dia em que os centros fossem fechados, por acharem que não teriam mais informações atualizadas sobre o desaparecimento. A preocupação, explicou, deve-se ao fato de que muitos moram em áreas rurais, com acesso limitado à internet. “Eles sentem como se todas as linhas de comunicação estivessem prestes a ser cortadas”.

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A Malaysia Airlines também anunciou que em breve vai começar a pagar compensações financeiras às famílias, sem informar o valor que será pago. Segundo a rede americana, um tratado internacional estabelece que as companhias aéreas devem pagar para os familiares de passageiros mortos uma quantia inicial de cerca de 150.000 dólares. Os parentes também podem processar a empresa para aumentar o valor.

Relatório – Também nesta quinta-feira o Ministério dos Transportes da Malásia divulgou um relatório preliminar sobre o desaparecimento do Boeing 777 no qual recomenda a introdução de monitoramento em tempo real do transporte aéreo comercial de passageiros. O texto cita que, agora, são dois casos nos últimos cinco anos em que grandes aviões de passageiros desapareceram sem que sua última posição fosse indicada de forma precisa – além do MH370, o voo da Air France que se acidentou em 2009. “Essa incerteza resultou em uma dificuldade significativa em localizar o avião em tempo hábil”, diz o relatório, segundo a rede britânica BBC.

O documento afirma que as autoridades aparentemente não perceberam que o voo havia saído dos radares durante um período de aproximadamente dezessete minutos. E demoraram quatro horas para ativar a operação de busca pelo avião. O texto também confirma que a aeronave evitou voar sobre a terra depois de uma inexplicada mudança de rota e seguiu uma rota aparentemente desenhada para evitar ser detectada por radares militares.

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Desaparecimento – O voo MH370 da Malaysia Airlines decolou do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur na madrugada de 8 de março com 239 pessoas a bordo e com previsão de chegar a Pequim seis horas mais tarde. No entanto, após quarenta minutos de voo, o avião desapareceu das telas de controle do radar e mudou de rota em uma “ação deliberada”, segundo as autoridades malaias, indo em direção contrária ao seu trajeto inicial. Especialistas de vários países indicaram que o Boeing 777 poderia ter caído no sul do Oceano Índico – o que também foi anunciado pelas autoridades malaias. As buscas estão concentradas perto da costa australiana, mas nenhum vestígio da aeronave foi encontrado até agora, apesar de várias pistas falsas terem sido anunciadas.

(Com agência EFE)

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