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Malásia e Indonésia concordam em dar abrigo aos imigrantes; milhares ainda estão no mar

Ao menos 7.000 pessoas ainda estão em barcos próximos dos litorais malásio e indonésio. Imigrantes são de uma minoria religiosa perseguida em Mianmar e Bangladesh

Por Da Redação
20 Maio 2015, 08h07

Malásia e Indonésia concordaram nesta quarta-feira em dar refúgio temporário aos milhares de imigrantes que estão à deriva no mar, desde que possam ser restabelecidos ou repatriados no período de um ano, reporta a rede BBC. “O reboque e o afastamento dos barcos vai cessar”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Malásia, Anifah Aman, em uma entrevista coletiva conjunta com o colega indonésio, Retno Marsudi.”Indonésia e Malásia concordaram em continuar fornecendo assistência humanitária aos 7.000 imigrantes irregulares que ainda estão no mar”, anunciaram os ministros em um comunicado publicado após uma reunião sobre a chegada de migrantes de Mianmar e Bangladesh.

O ministro das Relações Exteriores da Tailândia, Tanasak Patimapragorn, também participou na reunião, mas não estava presente na entrevista coletiva. Anifah disse que a Tailândia não aderiu até o momento à proposta porque primeiro deve confirmar se a medida está de acordo com Constituição tailandesa. “Malásia e Indonésia convidam outros países da região a unir-se neste esforço”, completou Anifah.

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Cerca de 2.500 imigrantes ilegais de Bangladesh e Mianmar desembarcaram desde a semana passada em Malásia e Indonésia, apesar das tentativas da Marinha desses dois países e da Tailândia de mantê-los afastados de seu litoral. Grande parte dos imigrantes são rohingyas, uma minoria muçulmana que foge da perseguição em Mianmar, país que não os reconhece como cidadãos e do qual zarpam muitas das embarcações operadas pelas redes de tráfico humano.

A reunião de chanceleres aconteceu um dia depois que várias agências da ONU pediram aos governos dos três países que protegessem os refugiados a deriva no mar, que facilitassem seu desembarque e dessem prioridade à proteção de vidas humanas. Segundo essas organizações, 88.000 pessoas embarcaram desde 2014; 25.000 somente no primeiro trimestre deste ano, das quais cerca de 2.000 teriam morrido pelas más condições da viagem e pelos maus-tratos dos traficantes.

Salvos por pescadores – Pescadores socorreram quase 400 imigrantes diante da costa da província indonésia de Aceh, anunciaram as autoridades locais nesta quarta. Khoirul Nova, responsável pelos serviços de resgate na Indonésia, informou que até o momento foram socorridos 374 imigrantes, que parecem proceder de Mianmar. O primeiro resgate ocorreu às 02h00 locais (16h00 Brasília de terça-feira), quando pescadores socorreram 102 imigrantes, entre eles trinta crianças e 27 mulheres, disse Nova. Os imigrantes foram levados para a localidade de Simpang Tigan, no leste de Aceh.

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(Da redação)

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