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Mais de 350 meninos soldados são libertados na República Centro-Africana

A libertação faz parte de um acordo entre as milícias locais e a Unicef. A crise que atinge o país já afetou mais de 6.000 crianças, segundo a ONU

Por Da Redação
15 Maio 2015, 07h34

Mais de 350 meninos soldados centro-africanos, incluindo menores de 12 anos, foram libertados nesta quinta-feira por grupos armados na República Centro-Africana. As milícias consentiram com a liberação das crianças no início desse mês, após um acordo ser assinado com a Unicef. Durante as reuniões na capital Bangui, as facções rivais também concordaram com uma tentativa de cessar-fogo e processo de desarmamento dos grupos.

“Após dois anos de intensos combates, a libertação dos meninos por estes grupos é um verdadeiro passo para a paz”, declarou o representante do Unicef na capital Bangui, Mohamed Malick Fall. “A violência e o sofrimento agora pode dar passagem a um futuro melhor para estas crianças”, completou.

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As 357 crianças foram libertadas durante várias cerimônias realizadas pelas milícias ‘antibalaka’ (antimachete ou antiespada, na língua local, uma milícia majoritariamente cristã) e pelo movimento Seleka (majoritariamente muçulmano), na região de Bambari, centro da República Centro-Africana. Ambos os grupos vem lutando pelo controle interno do país, desencadeando milhares de mortes e o deslocamento de centenas de milhares de civis.

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A crise arrasa a república africana há mais de dois anos e já atingiu entre 6.000 e 10.000 crianças, que fazem parte dos grupos armados atuantes, segundo estimativas da ONU. A última tentativa de golpe, lançada pela aliança Seleka em 2013, terminou com a deposição do presidente François Bozizé. Em 2014, o presidente interino Michel Djotodia, incapaz de conter os conflitos internos, renunciou ao cargo.

Para Fall, a libertação dos 357 jovens “é o começo de um processo que, esperamos, concluirá com a libertação de milhares de crianças ligadas aos grupos armados” no país. “Todos terão necessidade de um amplo apoio e proteção para poder reconstruir suas vidas e recuperar a infância”, disse. Assistentes sociais tentarão reunir as crianças com suas famílias “quando as condições de segurança permitirem”, afirmou a Unicef.

(Da redação)

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