O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, está descentralizando o poder para que o califado continue operando normalmente caso ele seja morto. Segundo o jornal americano New York Times, o chefe do EI delegou autoridade aos oficiais do alto comando, entre eles os ministros da guerra, das finanças e de assuntos religiosos do grupo. Comandantes regionais na Síria e no Iraque também ganharam autonomia nas operações, de acordo com oficiais que lutam contra o grupo extremista.
O comando do Estado Islâmico é composto por duas categorias de jihadistas: veteranos da Al Qaeda que lutaram contra americanos no Iraque – e possuem, portanto, habilidades militares – e ex-oficiais de Saddam Hussein, com experiência em organização, inteligência e segurança interna. A combinação dessas características explica a força do grupo terrorista, dizem especialistas.
Leia também:
Participantes de reality show australiano ficam na mira do EI
Anistia Internacional: Irã executou três pessoas por dia neste ano
Oficiais que lutam contra o califado dizem que a descentralização de poder faz com que cada comandante do EI tenha conhecimento de poucos dados sobre as operações do grupo e, com isso, não entregue informações vitais para a organização caso seja capturado. Além disso, a ausência de uma hierarquia rígida facilita sua substituição se ele for capturado ou morto.
Muitas informações sobre o esquema de comando do EI foram obtidas a partir de material apreendido em maio pelas forças americanas que atuam na Síria. As informações são relacionadas principalmente às operações financeiras, método de recrutamento e sistema de segurança do grupo.
(Da redação)