Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lech Walesa, herói da luta contra o comunismo, é acusado de ter sido informante do regime que combatia

Citando documentos guardados por antigo ministro comunista, chefe do Instituto da Memória Nacional da Polônia diz que ex-presidente colaborou com o serviço secreto entre 1970 e 1976 em troca de dinheiro. Walesa nega

Por Da Redação
18 fev 2016, 09h35

O ex-presidente polonês Lech Walesa foi espião da polícia nos anos 70, afirmou nesta quinta-feira o diretor do Instituto da Memória Nacional da Polônia, Lukasz Kaminski, citando documentos apreendidos com a família do último ministro de Interior do regime comunista, Czeslaw Kiszczak. Walesa, prêmio Nobel da Paz de 1983, desmentiu a acusação em seu blog e disse que vai provar sua versão na Justiça.

Kaminski afirmou que os relatórios em poder de Kiszczak são autênticos e mostram que o ex-presidente foi informante dos serviços secretos poloneses entre 1970 e 1976 sob o pseudônimo de “Bolek”, em troca de dinheiro. O diretor do Instituto da Memória Nacional, uma instituição pública encarregada de investigar os crimes cometidos durante o período de ocupação nazista e no regime comunista, disse que um dos documentos contém a assinatura de Lech Walesa, além da confirmação de um pagamento.

Leia também

Até Putin admite: ‘foi um erro’ impor o comunismo na Europa

Alvo de chacota mundial, estátua gigante de Mao Tsé-tung é demolida

Continua após a publicidade

Walesa, herói da luta contra o comunismo na Polônia, admitiu no passado que assinou, segundo ele sob pressão, um compromisso para se transformar em informante dos serviços secretos, mas insistiu que nunca atuou como tal nem recebeu dinheiro. Os arquivos divulgados, relatórios dos serviços secretos elaborados nos anos 70, foram oferecidos ao Instituto da Memória Nacional pela viúva de Kiszczak.

A primeira vez que Walesa, líder do lendário sindicato Solidariedade, enfrentou acusações públicas de espionagem para o regime comunista foi em 1992, quando Antoni Macierewicz, então ministro do Interior e atual ministro da Defesa, divulgou uma lista de 66 oficiais do alto escalão que teriam colaborado com o serviço secreto comunista, entre eles Lech Walesa, então presidente da Polônia. Em 2000, Walesa foi inocentado das acusações. À época, Walesa alegou que os documentos que levaram à sua acusação foram falsificados em uma tentativa de arruinar sua reputação.

Lech Walesa, que tem 72 anos, desmentiu rapidamente a nova acusação em seu blog: “Não pode haver documentos implicando a mim, vou demonstrar isso perante a Justiça”. O ex-presidente havia aberto um processo por difamação contra os que o acusavam de colaboração com os serviços comunistas, particularmente em 2009 contra o presidente Lech Kaczynski, falecido em um acidente de avião em abril de 2010. Após a morte do presidente, Walesa retirou o processo.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.