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Coreia do Norte diz ter lançado foguete com satélite

Conselho de Segurança da ONU informou que fará uma reunião de emergência neste domingo; lançamento irritou países vizinhos e os Estados Unidos

Por Da Redação
7 fev 2016, 09h01

A Coreia do Norte anunciou neste domingo ter colocado em órbita um satélite por meio de um foguete. O lançamento foi condenado pela comunidade internacional, que acredita ter se tratado de um teste de míssil balístico intercontinental.

Horas depois do anúncio, Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram o início de negociações para preparar em território sul-coreano um sistema antimísseis americano THAAD, um dos mais modernos do mundo.

O Conselho de Segurança da ONU informou que fará uma reunião de emergência neste domingo.

O lançamento, que ignorou as resoluções da ONU e as advertências das grandes potências, aconteceu um mês depois que a Coreia do Norte realizou seu quarto teste nuclear.

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O foguete foi lançado da base de Dongchang-ri, noroeste daquele país, às 9h locais. Foi ordenado pelo ditador Kim Jong-un e “colocou em órbita com sucesso nosso satélite de observação terrestre Kwangmyong 4”, anunciou a TV do governo.

A colocação em órbita do satélite não foi confirmada, mas uma fonte da defesa americana disse que, aparentemente, “algo chegou ao espaço”.

A Coreia do Norte insiste em que o lançamento faz parte de um programa espacial exclusivamente científico, mas muitos países o consideraram um teste camuflado de um plano que busca dotar o regime de Pyongyang de mísseis intercontinentais capazes de transportar bombas atômicas a qualquer ponto do planeta.

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Provocação – “Os programas de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte representam sérias ameaças aos nossos interesses e à segurança de alguns dos nossos aliados mais próximos”, disse em Washington a assessora de segurança nacional da Casa Branca, Susan Rice. “Minam a paz e segurança da região.”

Em Seul, o tenente-general Thomas Vandal, comandante do Oitavo Exército dos Estados Unidos, com sede na Coreia do Sul, disse, na companhia de um funcionário sul-coreano, que era “hora de avançar” no tema da preparação do sistema antimísseis THAAD.

“Decidiu-se abrir oficialmente negociações sobre a possibilidade de preparar o sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), dentro dos esforços para reforçar a defesa antimísseis da aliança Coreia do Sul/EUA”, declarou o representante do Ministério sul-coreano da Defesa Yoo Jeh-Seung.

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Em Pequim, a porta-voz da chancelaria, Hua Chunying, manifestou “pesar pela insistência da República Democrática Popular da Coreia em realizar um lançamento de mísseis apesar da oposição internacional”.

“A Coreia do Norte tem o direito ao uso pacífico do espaço, mas este direito é limitado pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, lembrou a porta-voz chinesa.

A Rússia condenou o lançamento dizendo que se tratava de um duro golpe na segurança regional, incluindo a da Coreia do Norte.

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“Pyongyang ignorou os chamados da comunidade internacional e voltou a cometer uma violação flagrante das normas do direito internacional”, assinala um comunicado da chancelaria russa.

O premier japonês, Shinzo Abe, classificou o lançamento de “absolutamente intolerável e uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, que proibiu Pyongyang de testar mísseis balísticos intercontinentais.

Em pronunciamento na TV, a presidente sul-coreana, Park Geun-Hey, disse que “o Conselho de Segurança da ONU deve aprovar rapidamente medidas de punição severas”.

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A Grã-Bretanha condenou firmemente o lançamento, e a França pediu “uma resposta rápida e dura” do Conselho de Segurança da ONU, que terá uma reunião de emergência a portas fechadas neste domingo, a pedido de Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

A última violação norte-coreana das resoluções da ONU que proíbem testes de mísseis e armas atômicas foi o teste nuclear de 6 de janeiro.

Especialistas céticos – Alguns especialistas duvidam da capacidade da Coreia do Norte de ameaçar o território de países como os Estado Unidos, uma vez que lançar um míssil intercontinental é relativamente simples em comparação com a tecnologia necessária para a reentrada controlada na atmosfera.

“A ogiva nuclear de um míssil intercontinental precisa retornar à Terra, e a Coreia do Norte nunca mostrou dispor da tecnologia que permita a um veículo resistir à reentrada na atmosfera”, explicou o engenheiro espacial John Schilling, que acompanhou de perto o programa norte-coreano.

Mas se conseguirem dominar esta tecnologia, “a ameaça norte-coreana, até hoje teórica, irá se tornar muito real e alarmante”, assinalou.

(Com Agência France-Presse)

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