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Kerry faz visita surpresa a Bagdá para organizar luta contra o EI

Secretário de Estado irá se reunir com representantes do governo iraquiano e de outros países da região para coordenar a coalizão contra o jihadismo

Por Da Redação
10 set 2014, 08h25

O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou nesta quarta-feira a Bagdá para se reunir com as novas autoridades iraquianas e abordar a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). A visita ao Iraque não foi anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA e é a primeira parada de um tour de Kerry pela região – ele viajará também para Jordânia e Arábia Saudita – para buscar apoios à aliança que os Estados Unidos estão formando para combater o EI.

Em Bagdá, Kerry deve se reunir com o novo chefe de governo, Haidar al Abadi, e com o ministro das Relações Exteriores, Ibrahim al-Jaafari. Há apenas dois dias, o Parlamento iraquiano aceitou a maioria dos ministros propostos por Al Abadi, que tenta formar um governo integrado por representantes de várias correntes para acabar com a divisão política, o que foi elogiado por Washington. Entre os vice-presidentes se destaca o primeiro-ministro em fim de mandato, o xiita Nouri al-Maliki, que após fortes pressões cedeu o cargo mês passado a Abadi.

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O Parlamento deu sinal verde também ao programa do governo de Abadi, que insistiu na necessidade de obter apoio internacional para combater o EI. Os EUA começaram com bombardeios aéreos em território iraquiano contra posições dos jihadistas em 8 de agosto e o Exército americano também está oferecendo armas e apoio logístico para as tropas curdas e iraquianas que combatem os extremistas. Após o reforço dos EUA, algumas cidades que haviam sido tomadas por jihadistas no norte do Iraque foram libertadas, mas o grupo extremista segue forte em outras regiões do país e na Síria. O EI proclamou um califado islâmico nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle.

Em sua segunda parada no Oriente Médio, na cidade saudita de Jidá, Kerry se reunirá nesta quinta com os representantes de Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia. A coalizão para lutar contra o EI será a “mais ampla possível” e pode durar “meses ou inclusive anos”, explicou Kerry antes de iniciar a viagem. No domingo os ministros árabes de Relações Exteriores decidiram elevar para máximo o nível de coordenação para enfrentar o jihadismo do EI, sem mencionar de forma explícita a aliança ambicionada pelos EUA.

Ataques na Síria – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou com lideranças do Congresso nesta terça e disse que ele tem autoridade para ampliar a campanha contra extremistas violentos no Iraque e na Síria. Nesta quarta, Obama deve fazer uma declaração durante a noite para definir seus planos para a região. Segundo a Casa Branca, o presidente disse aos congressistas que os EUA têm de “demonstrar ao mundo que estão unidos no combate à ameaça do EI”. As novas ações poderiam tomar a forma de autorizações para financiar esforços de contraterrorismo, assim como para treinar e equipar elementos mais moderados da oposição síria. A estratégia mais ampla de confronto aos militantes do Estado Islâmico também deve incluir mais ataques aéreos de longo alcance contra alvos no Iraque e, possivelmente, na Síria.

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Apoio britânico – A Grã-Bretanha entregará metralhadoras pesadas às forças curdas que combatem jihadistas no Iraque, anunciou nesta terça o ministro da Defesa, Michael Fallon. O carregamento de armas, no valor de 2 milhões de euros (6 milhões de reais), chegará nesta semana ao Iraque. “As forças curdas continuam significativamente mais mal equipadas que o Estado Islâmico e vamos ajudá-las a se defender, a proteger os cidadãos e a repelir os avanços” dos jihadistas, disse o ministro da Defesa em um comunicado dirigido ao Parlamento.

(Com agências France-Presse e EFE)

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