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Justiça alemã condena “contador de Auschwitz” a 4 anos de prisão

Oskar Gröning, de 94 anos, era responsável em confiscar os pertences e dinheiro dos judeus que chegavam ao campo. Sua função contribuiu para o financiamento do nazismo

Por Da Redação
15 jul 2015, 07h51

Conhecido como “contador de Auschwitz”, o ex-membro do Exército nazista Oskar Gröning, de 94 anos, foi condenado nesta quarta-feira em Lüneburg, no norte da Alemanha, a quatro anos de prisão por cumplicidade na morte de cerca de 300.000 judeus no campo de extermínio. O tribunal alemão o declarou culpado e a sentença superou o pedido da promotoria, que tinha solicitado uma pena de três anos e meio de prisão.

O tribunal de Lüneburg deverá analisar agora se o “contador de Auschwitz” cumprirá a pena na penitenciária ou em prisão domiciliar, devido sua avançada idade e precário estado de saúde, fato que motivou várias interrupções do julgamento. O processo contra Gröning tinha sido aberto em abril com uma confissão do réu, que admitiu sua cumplicidade nas mortes, que fizeram parte da chamada “Operação Hungria” – quando mais de 450.000 judeus foram enviados a Auschwitz, e 300.000 foram assassinados na câmara de gás dias após a chegada ao campo. Os demais ficaram detidos no campo, submetidos a maus tratos e a trabalho escravo.

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Gröning entrou na SS (Schutzstaffel, o esquadrão de elite nazista) em 1941 e, um ano depois, começou a servir em Auschwitz, onde se encarregou de apreender os pertences dos que chegavam e de fazer com que o dinheiro e os objetos de valor expropriados fossem levados a Berlim. Sua função contribuiu para o financiamento do Terceiro Reich. O “contador de Auschwitz” voltou a pedir o perdão das vítimas, mas ao longo do julgamento negou ter participado diretamente da escolha de quem seria enviado às câmaras de gás ou permaneceria realizando trabalhos forçados.

Marco – O processo de Gröning, 70 anos depois do fim da II Guerra Mundial, é considerado um marco de Justiça tardia contra crimes de guerra. Seu precedente mais direto foi a pena de cinco anos de prisão ditada em 2011 contra o ucraniano John Demjanjuk, que foi guarda voluntário no campo de Sobibor, na Polônia ocupada. Com sua condenação se criou, no entanto, jurisprudência para julgar por crimes de guerra não só os que intervieram diretamente, mas também os considerados cúmplices da maquinaria da morte nazista.

(Da redação)

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