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Juiz dá luz verde para julgamento da irmã do rei Felipe VI

Escândalo de corrupção envolvendo a infanta Cristina de Bourbon foi um dos motivos que abalou a popularidade do rei Juan Carlos antes de sua abdicação

Por Da Redação
25 jun 2014, 08h15

O juiz de instrução do caso de corrupção que abalou a família real espanhola decidiu nesta quarta-feira manter o indiciamento da infanta Cristina de Bourbon, o que abre caminho para o julgamento apenas seis dias depois da proclamação de seu irmão, Felipe VI, como novo rei. Cristina é acusada pelos crimes de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e apropriação de recursos públicos.

O indiciamento em dezembro de 2011 de Iñaki Urdangarin, marido de Cristina investigado por fraude de dinheiro público, e depois da infanta em janeiro passado, provocaram um escândalo que contribuiu para derrubar a popularidade do rei Juan Carlos, antes de sua abdicação em 2 de junho. As consequências do chamado “caso Noos” constituem um dos primeiros problemas que o novo monarca Felipe VI deve enfrentar, depois de assumir o trono em 19 de junho.

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Ao encerrar uma investigação iniciada em 2010 e que o chefe da Casa Real durante o reinado de Juan Carlos, Rafael Spottorno, chamou de “martírio”, o juiz José Castro de Palma de Mallorca emitiu um auto no qual conclui que “devem continuar imputados, entre outros, Iñaki Urdangarin, a infanta Cristina”, informou o tribunal. A decisão, no entanto, “não é definitiva” e pode ser objeto de recurso.

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A procuradoria anticorrupção foi contrária ao indiciamento de Cristina, de 49 anos, pelo juiz Castro. Mas, em 8 de fevereiro, ela prestou depoimento por suspeita de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Segundo o jornal El País, foi a primeira vez que um membro da família real espanhola prestou depoimento à Justiça na condição de investigado e não apenas como testemunha.

Entenda o caso – Em 2011, o jornal El País revelou o escândalo de corrupção mostrando que o Instituto Noos, administrado por Urdangarin e Cristina, recebeu contratos no valor aproximado de 6 milhões de euros (18,3 milhões de reais) de entidades públicas para cumprir trabalhos de incentivo ao esporte que nunca foram realizados. “Eles usaram essa empresa para embolsar o dinheiro público e também para pagar o menor imposto possível, ou simplesmente enganar o Tesouro”, disse Eduardo Inda à CNN. Inda é jornalista e coautor do livro-reportagem Urdangarin, sobre a alegada fraude financeira cometida pelo casal. “Na empresa, a princesa Cristina era quem assinava os relatórios anuais”, disse Inda.

A família real espanhola, que há dois anos excluiu Cristina e seu marido Iñaki Urdangarin de todas as cerimônias oficiais, evita comentar o caso. Urdangarin é ex-jogador profissional de handebol e atuou pela seleção espanhola em três Olimpíadas e durante dezesseis anos pelo time do Barcelona.

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(Com agência France-Presse)

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