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Irã enforca jovem que matou estuprador para se defender

Organizações internacionais em defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas pediam clemência, alegando que julgamento ignorou evidências

Por Da Redação
25 out 2014, 08h22

O Irã enforcou neste sábado a jovem Reyhaneh Jabbari, de 26 anos, condenada à morte pelo assassinato de um homem em julho de 2007. Organizações internacionais em defesa dos direitos humanos apelavam ao governo do país que poupasse a vida de Reyhaneh, alegando que a jovem matou Morteza Abdolali Sarbandi, um cirurgião e ex-funcionário do Ministério da Inteligência, em legítima defesa, após ser estuprada. As Nações Unidas afirmam que Reyhaneh nunca teve um julgamento justo.

A execução foi confirmada pela agência de notícias oficial Irna. A Anistia Internacional informou, em um comunicado na sexta-feira que a mulher seria executada. Agora, na página criada pela organização em defesa de Reyhaneh aparece agora uma imagem com os dizeres “Desanse em Paz”. Desde que a jovem foi condenada, ainda em 2007, artistas, membros da sociedade civil e organizações internacionais clamavam por clemência.

Um perito especial da ONU sobre o Irã fez um apelo em abril a Teerã para que suspendesse a execução, alegando que o tribunal não havia considerado todas as evidências e que as confissões da garota tinham sido obtidas por meio de coação. De acordo com fontes citadas pelo especialista, Morteza Abdolali Sarbandi teria agredido fisicamente e sexualmente a jovem que, tentando se defender, esfaqueou o homem antes de fugir e chamar uma ambulância.

A Justiça iraniana alega ter dado várias oportunidades para a família do homem assassinado perdoar a jovem, o que, de acordo com a sharia (lei islâmica) em vigor no Irã, permite que uma sentença de morte por assassinato seja anulada em troca de uma sentença de prisão Mas a família de Sarbandi se recusou, exigindo, segundo a imprensa, que Reyhaneh Jabbari falasse “a verdade”. “Em sua confissão, ela disse que um homem estava em seu apartamento quando meu pai foi esfaqueado, mas ela se recusa a dar a sua identidade”, indicou Jalal, o filho de Morteza Abdolali Sarbandi, à imprensa em abril. “Se ela disser a verdade, ela será perdoada, se não ela sofrerá retaliação” e, portanto, o enforcamento.

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Sob a lei islâmica, assassinato, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e adultério são punidos com a pena de morte. Em 2013, pelo menos 500 pessoas foram executadas no Irã, principalmente por delitos relacionados a drogas, segundo a ONU.

(Com agência France-Presse)

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