Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Refugiados sírios chegam à Noruega de bicicleta pelo Ártico

A lei russa proíbe que as pessoas caminhem para a fronteira e é ilegal sob a lei norueguesa dar carona a pessoas sem documentos adequados

Por Da Redação
4 set 2015, 08h02

Alguns refugiados sírios encontraram uma maneira mais barata e segura, embora muito mais prolongada, de chegar à Europa do que cruzar o mar Mediterrâneo: subir ao Círculo Polar Ártico e entrar na Noruega a partir da Rússia. Alguns deles utilizaram bicicletas em suas jornadas. Enquanto as atenções do mundo estão voltadas aos imigrantes que se amontoam em trens na Hungria ou em frágeis embarcações rumo à Grécia ou Itália, a polícia norueguesa disse que cerca de 170 refugiados, a maioria síria, cruzaram a passagem fronteiriça de Storskog, no extremo norte da Noruega, neste ano, em comparação a apenas cerca de uma dúzia em todo ano de 2014.

As relações próximas entre Moscou e Damasco significam que é relativamente mais fácil para sírios conseguirem visto para a Rússia. De lá, eles seguem para a Noruega, um dos países mais ricos do mundo e membro da zona de livre movimentação de pessoas na Europa, embora não faça parte da União Europeia. “Acredito que é a única via legal para a Europa”, disse Elijah Hansen, de 26 anos, um estudante sírio que chegou à Noruega em março, após pagar 1.600 dólares pela viagem, incluindo um voo de Beirute a Moscou, a viagem de 36 horas de trem entre Moscou e o porto de Murmansk, no Ártico, e por fim uma carona de carro até a fronteira.

Leia também

ONU cobra que todos os países da UE recebam refugiados

Continua após a publicidade

É o ‘grito de um corpo silencioso’, diz autora de foto do menino sírio

Premiê da Hungria diz que crise dos refugiados é um problema ‘alemão’

Desesperado para evitar o serviço militar na guerra civil da Síria, Hansen disse que teria sido mais caro viajar através da Turquia e depois arriscar uma travessia de barco do Mediterrâneo até a Grécia, rota responsável pela morte de milhares de refugiados. “Independentemente do que poderia ter acontecido, foi ainda melhor do que morrer nas mãos do Estado Islâmico ou ser morto em alguma zona de guerra na Síria”, disse Hansen, que adotou o nome norueguês depois de sua chegada. Ele disse que seu nome original é Ali Alsalim.

Continua após a publicidade

A lei russa proíbe que qualquer pessoa caminhe para a fronteira e é ilegal sob a lei norueguesa dar carona a pessoas sem documentos adequados, o que levou alguns refugiados a fazer o trecho final de bicicleta. “O ciclismo na fronteira é permitido sob as regras russas”, disse o chefe da polícia na cidade norueguesa de Kirkenes, Hans Moellebakken. “A maioria que cruza a fronteira de bicicleta é composta de indivíduos solitários, mas há algumas famílias”. A polícia tem um depósito com cerca de quarenta bicicletas que foram utilizadas nas travessias, acrescentou Moellebakken.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.