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Quênia oficializa retomada de shopping de luxo atacado por terroristas

O Ministério do Interior assegurou que as autoridades tomaram o controle do shopping invadido por terroristas. Ao menos 62 pessoas morreram no atentado

Por Da Redação
23 set 2013, 19h47

O governo do Quênia oficializou nesta segunda-feira a retomada do shopping de luxo Westgate, onde ao menos 62 pessoas morreram após uma invasão de terroristas do grupo somali Al Shabab. Segundo o Twitter do ministério do Interior, as forças de segurança do país estavam vasculhando todos os andares do centro comercial para garantir que nenhum refém “ficou para trás”. A conta também confirmou a prisão de dez suspeitos de envolvimento no atentado, e assegurou que o governo não pedirá desculpas por “ser amigo de Israel e outras nações.”

As informações de que as tropas quenianas já haviam dominado todos os andares do shopping foram divulgadas anteriormente pelo chefe da polícia do Quênia, David Kimaiyo. “Todos os andares estão sob controle. Não estamos aqui para alimentar os agressores com doces, mas para terminarmos o serviço e punir os responsáveis”, disse Kimaiyo, no início da tarde desta segunda-feira. No entanto, as redes CNN e BBC afirmavam que disparos ainda eram ouvidos dentro do prédio.

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Durante os dois dias de cerco, morreram 62 pessoas, segundo a Cruz Vermelha e o governo queniano – quase todos clientes que estavam no shopping. O número de feridos passa de 170. De acordo com a BBC, entre os mortos estão até seis cidadãos britânicos, dois franceses, dois canadenses, uma holandesa (que estava grávida), além de um sobrinho do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta. Também morreu o poeta ganês Kofi Awoonor, que serviu como embaixador do seu país no Brasil entre 1984 e 1988.

Histórico – A invasão ao shopping ocorreu no sábado, quando homens armados entraram no centro, abriram fogo contra o público e transformaram o prédio em uma zona de guerra. Havia mais de mil pessoas no local. O grupo terrorista somali Al Shabab assumiu a autoria do atentado e disse, via Twitter, que a ação foi uma represália contra o Quênia. Desde 2011, o Quênia mantém 4.000 soldados no sul da Somália com o objetivo de combater militantes terroristas do Al Shabab. Em comunicado, o grupo disse que havia advertido que a presença dos solados traria “consequências”.

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Estados Unidos – O FBI lançou nesta segunda-feira uma investigação para apurar a ligação dos terroristas somalis com cidadãos americanos dos estados de Minnesota e Maine. As suspeitas foram levantadas após fontes da milícia dizerem à emissora CNN que três integrantes que participaram do ataque viveram nos Estados Unidos. Registros antigos também apontam que organização já tinha recrutado cidadãos americanos de Minneapolis, onde moram 32 000 dos 100 000 somalis que fugiram da guerra civil no país africano.

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O presidente Barack Obama, cujo pai tem nacionalidade queniana, afirmou que vai cooperar com o governo para descobrir a identidade de todos os envolvidos no atentado. O democrata prometeu seguir lutando “para assegurar que essas redes de destruição serão desmanteladas”, e prestou condolências ao seu homólogo Uhuru Kenyatta e a todos que perderam familiares durante o atentado. “Ao povo queniano, eu digo que nós estamos com vocês”, disse.

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