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Governo do Burundi prende líderes golpistas

Três dos principais articuladores do golpe de Estado frustrado se entregaram. O general Godefroid Niyombare, principal líder golpista, continua desaparecido

Por Da Redação
15 Maio 2015, 08h20

Três líderes de um golpe fracassado contra o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, foram presos nesta sexta-feira, reporta a rede BBC. O principal articulador do golpe, o general Godefroid Niyombare ainda está foragido. Os líderes do golpe de Estado anunciaram a rendição e se entregaram às autoridades. Até o momento foram detidos o número dois da tentativa de golpe, Cyrille Ndayirukiye, o porta-voz dos golpistas Vénon Ndabaneze e um terceiro líder. Fontes do governo afirmaram que o presidente pretende discursar ao país ainda nesta sexta-feira. Nkurunziza, que estava em viagem oficial na Tanzânia durante a de golpe, só conseguiu retornar ao país nesta quinta, três dias após os conflitos se deflagrarem na capital Bujumbura.

A tentativa de golpe aconteceu após várias semanas de protestos contra a intenção do presidente de disputar um terceiro mandato, uma medida considerada inconstitucional pela oposição. Nkurunziza está no fim de seu segundo mandato e ocupa a presidência desde 2005. O general Nyombare foi destituído de seu cargo em fevereiro, depois que recomendou a Nkurunziza que não disputasse um novo mandato presidencial. Depois disso, ele organizou um movimento para derrubar o presidente.

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo pedindo calma, enquanto o Conselho de Segurança condenou a tentativa de golpe e ordenou o retorno ao Estado de direito no país. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Jeffrey Rathke, informou, em coletiva de imprensa, que os Estados Unidos reconhecem Nkurunziza como o “presidente legítimo” do Burundi. O porta-voz admitiu haver uma “concorrência por exercer a autoridade” no Burundi, mas que Nkurunziza continuava sendo o presidente “eleito”.

Refugiados – Ainda traumatizados com a guerra civil que devastou o país na década de 1990, deixando mais de 200.000 mortos, pelo menos 100.000 pessoas fugiram de Burundi para Tanzânia, Ruanda e República Democrática do Congo após a tentativa fracassada de golpe, informou a agência de refugiados da ONU nesta sexta. A vizinha Tanzânia recebeu cerca de 70.000 burundineses; Ruanda recebeu outros 26.000 e ao menos 9.000 estão na província de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

O Burundi, uma das nações mais pobres do mundo, viveu um longo período de conflito étnico entre hutus e tutsis. O primeiro presidente democraticamente eleito do país foi assassinado em 1993, o que deu início a uma guerra civil que durou doze anos. Um acordo entre as facções em 2003 abriu caminho para um processo de transição. Uma nova Constituição foi estabelecida em 2005. O Exército foi reformado deste então para absorver facções rivais, mas ainda existem atritos entre os dois grupos étnicos.

(Da redação)

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