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Governo brasileiro lamenta ‘atos hostis’ contra senadores na Venezuela

Nota emitida pelo Itamaraty diz que protesto que bloqueou a comitiva dos políticos foi "inaceitável". Brasília solicitará esclarecimentos de Nicolás Maduro

Por Da Redação
18 jun 2015, 22h44

O governo Dilma lamentou nesta quinta-feira os incidentes que impediram a visita dos senadores de oposição aos presos políticos venezuelanos e classificou de “inaceitáveis atos hostis” os protestos que bloquearam o avanço do micro-ônibus no qual se encontrava a comitiva dos políticos. A nota emitida pelo ministério das Relações Exteriores afirma que Brasília solicitará explicações do presidente bolivariano Nicolás Maduro. “À luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, o governo brasileiro solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido”, diz o comunicado.

O Itamaraty contraria o sumiço do embaixador brasileiro em Caracas, Ruy Pereira, que abandonou os senadores à própria sorte após recebê-los no aeroporto. Enquanto os políticos tentaram ir de micro-ônibus visitar à prisão militar onde estão presos opositores do regime chavista, o representante de Brasília não acompanhou os parlamentares – ele pegou seu carro e foi embora. Segundo o governo federal, o automóvel de Pereira também ficou preso no engarrafamento que bloqueou a passagem da comitiva. O comunicado diz que o embaixador “se manteve em contato telefônico com os senadores, retornou ao aeroporto e os despediu na partida de Caracas”.

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Após duas tentativas frustradas de percorrer a estrada que liga o aeroporto internacional Simón Bolívar à penitenciária militar Ramo Verde, onde está preso o opositor Leopoldo López, os políticos decidiram retornar ao Brasil. Os senadores tucanos Aloysio Nunes (SP) e Aécio Neves (MG) informaram a desistência por meio de suas páginas no Twitter. Também viajaram à Venezuela os senadores Ronaldo Caiado (DEM), Cássio Cunha Lima (PSDB), José Medeiros (PPS), Agripino Maia (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB) e Sérgio Petecão (PSD).

As autoridades locais afirmaram que o congestionamento ocorreu devido a “obras de manutenção” que o governo venezuelano resolveu fazer justamente nesta quinta-feira. Na primeira vez em que o micro-ônibus ficou preso no engarrafamento, manifestantes chavistas aproveitaram a oportunidade para cercar o micro-ônibus e intimidar os políticos entoando gritos de guerra como “Chávez não morreu, se multiplicou” e “Fora, fora”. Segundo o senador Ronaldo Caiado, o veículo foi apedrejado por partidários de Maduro. Por meio do Twitter, o governador do Estado de Miranda e candidato presidencial nas últimas eleições venezuelanas, Henrique Capriles, classificou o episódio como uma “vergonha”.

Histórico de hostilidades – Esta não é a primeira vez que políticos estrangeiros passam por apuros na Venezuela. Os ex-presidentes de Colômbia e Bolívia, Andrés Pastrana e Jorge Quiroga, conseguiram chegar ao presídio de Ramo Verde, mas foram impedidos de visitar Leopoldo López. Na semana passada, o ex-premiê da Espanha, Felipe González, teve de se retirar de Caracas após o governo bolivariano negar todas as suas solicitações para amparar os presos políticos judicialmente.

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(Da redação)

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