Família Obama chega à Argentina após visita histórica a Cuba
O presidente dos EUA se reunirá com seu colega argentino e cumprirá em Buenos Aires uma agenda atribulada, inclusive com homenagens às vítimas da ditadura militar
Por Da Redação
23 mar 2016, 08h10
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou na madrugada desta quarta-feira à Argentina, após realizar uma visita inédita a Cuba, em uma etapa histórica no processo de reaproximação entre os dois países. O avião com Obama e sua família pousou no Aeroporto Internacional de Ezeiza à 01h10 (mesmo horário em Brasília).
Obama, sua mulher, Michelle, sua sogra, Marian Robinson, e as filhas do casal Sasha e Malia desceram do avião e foram recebidos pela chanceler argentina, Susana Malcorra. Imediatamente depois de desembarcar no aeroporto em Buenos Aires, a comitiva presidencial seguiu rumo à residência oficial do embaixador americano, o palácio de Bosch, que será o lar dos Obama durante sua estadia em Buenos Aires, cercado por enorme dispositivo de segurança.
Após descansar algumas horas no palácio de Bosch, Barack Obama se reunirá com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e cumprirá em Buenos Aires uma agenda atribulada que compreende uma homenagem às vítimas da ditadura militar argentina. A jornada de trabalho começará com uma reunião dos dois governantes na Casa Rosada, seguida de uma entrevista coletiva conjunta. Enquanto isso, Michelle Obama terá um encontro com um grupo de meninas da iniciativa Let Girls Learn (deixem as meninas aprender, tradução livre), destinada a promover a liderança.
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Na quinta-feira, antes de iniciar uma visita privada a Bariloche, na Patagônia, no sudoeste do país, Obama visitará o Parque da Memória para lembrar os milhares de desaparecidos deixados pela ditadura militar (1976-1983), precisamente no dia em que o golpe de Estado completa 40 anos. Devido aos atentados terroristas ocorridos em Bruxelas, o governo argentino decidiu elevar o grau de alerta das forças de segurança durante a visita do presidente americano.
Antes de partir para a Argentina, Obama sepultou a Guerra Fria com Cuba com um emotivo discurso de reconciliação, a favor da mudança e da liberdade de expressão na ilha comunista. “Vim aqui deixar para trás os últimos vestígios da Guerra Fria. Vim aqui estendendo a mão da amizade ao povo cubano”, afirmou Obama no Grande Teatro de Havana.
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