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Extrema-direita sai na frente em eleição na Áustria – e assusta a Europa

Impulsionado pela insatisfação dos eleitores com a União Europeia e a imigração síria, o candidato do Partido da Liberdade, Norbert Hofer, alcança quase o dobro de votos do segundo colocado, contra quem fará a disputa decisiva em 22 de maio

Por Da Redação
24 abr 2016, 16h32

Os primeiros números oficiais confirmam: a extrema-direita largou na frente na disputa pela presidência da Áustria. Impulsionado pelos temores do eleitorado em relação aos imigrantes estrangeiros em geral – e aos refugiados sírios que avançam em suas fronteiras, em particular -, o candidato Norbert Hofer, do Partido da Liberdade, já alcançava 35% dos votos com perto da apuração concluída.

O triunfo de Norbert Hofer supera o melhor desempenho obtido anteriormente pelo seu Partido da Liberdade – mais de 27% de apoio nas eleições que definiram a adesão da Áustria à União Europeia. Seu vitória expressiva no primeiro turno dio pleito presidencial coloca contra a parede a coalizão governista que domina a vida política do país há décadas, formada pelo Partido Social Democrata, de centro-esquerda, e o Partido Popular, de centro. Os candidatos de ambos os partidos não ficaram nem entre os três melhores colocados. Com 98% dos votos apurados, Hofer estava muito à frente de Alexander Van der Bellen, do Partido Verde, que concorreu como candidato independente e conquistou pouco mais de 21% de apoio – e deverá desafiar Hofer no segundo turno. Irmgard Griss, também independente, ficou em terceiro lugar, com pouco menos de 20% dos votos.

A ascensão da extrema-direita na Áustria acendeu uma luz amarela no continente, já que seu partido é contrário à União Europeia. O Partido da Liberdade ganhou proeminância graças a seu antigo líder, Jörg Haider – que notoriamente saudava as forças da SS nazista, as quais ele declarou merecer “toda nossa honra e reconhecimento”.

Embora na Áustria a presidência seja uma função restrita à chefia de estado, não de governo, a ascensão fulminante de Hofer pode elevar as pressões por novas eleições gerais, caso ele vença a disputa do segundo turno marcada para 22 de maio. E, com isso, lance a Áustria de vez nas mãos da extrema-direita antes mesmo das eleições regulares, previstas para 2018.

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Uma eventual vitória de Hofer no segundo turno poderia aproximar a Áustria das nações da União Europeia que são contra a entrada de imigrantes, o que poderia complicar ainda mais a resolução desta e de outras crises no continente.

(com EFE e Associated Press)

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