Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-coronel de Saddam Hussein está por trás do crescimento do EI

Documentos obtidos pela revista alemã 'Der Spiegel' mostram que o ex-militar organizou estratégias para os terroristas dominarem regiões na Síria

Por Da Redação
19 abr 2015, 16h35

Os terroristas do grupo Estado Islâmico (EI) contaram com o suporte de inteligência fornecido por um ex-coronel do regime ditatorial do iraquiano Saddam Hussein para dominar regiões ao norte da Síria. A revista alemã Der Spiegel obteve 31 páginas de diários escritos a mão, listas e cronogramas que provam a presença de Samir Abd Muhammad al-Khlifawi, um ex-funcionário da inteligência da Aeronáutica iraquiana e que atendia pelo pseudônimo de Haji Bakr no EI. O ex-militar supervisionou um meticuloso plano e utilizou técnicas do Exército, incluindo monitoramento, sequestros e espionagem, para montar a estratégia adotada pelos radicais no país.

Al-Khlifawi foi morto em janeiro de 2014 após um conflito entre terroristas e rebeldes sírios. A Der Spiegel pontua, contudo, que a estratégia montada pelo ex-militar foi essencial para a cruzada de horror que o EI impôs ao norte da Síria. “O que ele colocou no papel, página por página, com o cuidado de separar responsabilidades individuais, é nada menos do que uma planta para uma ofensiva”, diz a revista. “Isso não é um manifesto de fé, mas um plano técnico preciso para a inteligência do Estado Islâmico”, conclui o texto.

Leia também:

Estado Islâmico executa 30 cristãos etíopes em novo vídeo

Tropas iraquianas matam vice do ex-ditador Saddam Hussein

Continua após a publicidade

Terroristas do EI estupraram meninas de até 8 anos no Iraque

A publicação também traçou o caminho percorrido por al-Khlifawi após o Exército americano ter invadido o Iraque, em 2003, e deposto a ditadura de Saddam Hussein. O terrorista é retratado como uma pessoa “amarga e desempregada” e que teve passagens por prisões controladas pelos Estados Unidos no país, incluindo Abu Ghraib, entre 2006 e 2008. Em 2010, no entanto, al-Khlifawi fez parte do grupo que tornou Abu Bakr al-Baghdadi chefe das operações do EI. Dois anos mais tarde, o iraquiano viajou para o norte da Síria para supervisionar os planos jihadistas de tomar o controle da região. Ele contava, à época, com uma série de radicais amadores provenientes da Arábia Saudita, Tunísia e Europa e extremistas experientes da Chechênia e Uzbequistão.

De acordo com a Spiegel, os documentos foram obtidos após intensas negociações com rebeldes da cidade de Aleppo, dominada pelos terroristas do EI no início de 2014. A revista aponta que o grupo jihadista teve êxito na região por ter combinado as crenças fanáticas da ala islâmica que se dispôs a pegar em armas com a experiência em batalhas e cálculos estratégicos dos encarregados de chefiar a organização.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.