A subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Roberta Jacobson, se mostrou preocupada com a pena de mais de 13 anos de prisão ditada nesta quinta-feira para o líder da oposição venezuelana Leopoldo López. Em seu perfil no Twitter, Roberta escreveu que está “profundamente preocupada com a condenação de Leopoldo López” e pediu que “o governo proteja a democracia e os direitos humanos na Venezuela”.
López foi condenado na noite desta quinta a 13 anos e nove meses de prisão em decisão de um tribunal de primeira instância, informaram fontes de seu partido, o Vontade Popular (VP), e seu advogado, Roberto Marrero. Com isso, López pegou a pena máxima para os crimes dos quais era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio, todos relacionados com os atos violentos ocorridos no final de uma manifestação antigovernamental convocada por ele e outros políticos no dia 12 de fevereiro de 2014, que terminou com três mortes.
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“Justiça podre” – Vários líderes da oposição venezuelana reagiram à decisão da Justiça. Luis Florido, dirigente nacional do VP, pediu “muita força” para todos os seguidores de López diante desta “sentença injusta, ilegal e inconstitucional”. Henrique Capriles, candidato derrotado duas vezes nas eleições presidenciais e governador do estado de Miranda, escreveu no Twitter que “a Justiça venezuelana está podre”. “Hoje, entendemos que o caminho para a liberdade de Leopoldo, e de todos os outros, começa no dia 6 de dezembro”, disse, em alusão à data das eleições parlamentares. A ex-deputada María Corina Machado, líder do movimento Vente Venezuela, também não poupou críticas à decisão da Justiça ao assinalar na rede social que “esse regime criminoso condenou um homem inocente sem uma única prova”.
(Da redação)