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EUA reconhecem que ataque a hospital do MSF ‘foi um erro’

Para a presidente do Médicos Sem Fronteiras, a explosão pode ser “julgada como crime de guerra”

Por Da Redação
6 out 2015, 14h37

O comandante das forças americanas no Afeganistão, general John Campbell, reconheceu que o ataque contra um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras em Kundus, no Afeganistão, foi “um erro”. “A decisão de conduzir os ataques foi tomada internamente no comando americano. O hospital foi atingido por um erro. Não colocaríamos jamais na mira propositalmente uma estrutura hospitalar”, afirmou o general em um pronunciamento nesta terça-feira no Congresso americano.

Campbell havia informado ontem, em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, que o ataque foi realizado a pedido do governo afegão, que relatou que suas forças estavam em conflito com o Talibã. A ação contra o local ocorreu no último sábado e deixou 22 vítimas fatais – entre as quais, três crianças e doze profissionais da ONG -, além de dezenas de feridos. Todos os atendidos que sobreviveram foram levados a hospitais de outras entidades que atuam na região. Já o MSF anunciou o fim das atividades do grupo em Kundus, por não ter como garantir a segurança de quem trabalha no local.

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Mais cedo, a presidente internacional do MSF, Joanne Liu, emitiu uma nota em que acusa tanto os EUA como o Afeganistão de “crime de guerra”. “Comunicados do governo afegão informaram que forças do Talibã estavam usando o hospital para atirar contra as forças aliadas. Esses relatos implicam que forças afegãs e americanas, que estavam trabalhando juntas, decidiram derrubar um hospital totalmente funcional, o que pode ser julgado como crime de guerra”, escreveu Liu.

A cidade de Kundus caiu nas mãos do grupo extremista Talibã no dia 28 de setembro e, um dia depois, começou a ser bombardeada pelos americanos para “eliminar uma ameaça específica”. A área foi a primeira do Afeganistão a voltar para as mãos dos terroristas desde que os EUA derrubaram o grupo do poder, em 2001.

(Com ANSA Brasil)

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