EUA querem saber por que o Estado Islâmico tem tantos carros Toyota
A companhia japonesa garantiu que não vende carros na Síria desde 2012, mas reconheceu que os comercializa no vizinho Iraque
A Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos abriu uma investigação para averiguar como e por que os terroristas do Estado Islâmico (EI) têm tantos carros da montadora japonesa Toyota, informa a emissora americana ABC News. As autoridades americanas enviaram uma série de perguntas à empresa japonesa para entender melhor a predileção dos jihadistas pelas caminhonetes Toyota.
A companhia respondeu oferecendo todas as informações sobre suas rotas de vendas no Oriente Médio, mas afirmou não saber exatamente como o Estado islâmico tem comprado seus veículos. A Toyota garantiu que não vende carros na Síria desde 2012, mas reconheceu que os comercializa no vizinho Iraque. Territórios de ambos os países estão sendo controlados pelos terroristas do Estado Islâmico.
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Nos vídeos de propaganda do EI na Líbia, Síria e Iraque, geralmente são observados combatentes armados em caminhonetes da montadora japonesa. “Apoiamos a investigação do Departamento do Tesouro americano, que envolve, de uma perspectiva mais amplia, os canais de abastecimento internacionais e os fluxos de capitais e de mercadorias para o Oriente Médio”, afirma a empresa em um comunicado. “A Toyota tem uma política estrita que consiste em não vender veículos a compradores que poderiam utilizá-los ou modificá-los para atividades paramilitares ou terroristas”, completa a nota.
Apesar da resposta da montadora, o Tesouro americano ainda não encerrou a investigação. As pick-ups Toyota Hilux tornaram-se frequentes na campanha do EI no Iraque e na Síria. Sempre são fotografas e filmadas carregado armas pesadas e lotadas de terroristas. O embaixador americano do Iraque, Lukman Faily, disse à ABC News que o governo acredita que o EI adquiriu “centenas” de Toyotas novos nos últimos anos, num indício de que ocorreu ou está ocorrendo vendas diretas de importadoras ou concessionárias para os terroristas.
(Da redação)